Rebelião controlada em presídio de Franco da Rocha; Presos são mantidos sem roupas após motim
Na manhã deste sábado (20/7), a Penitenciária 1 de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, enfrentou uma rebelião iniciada pelos detentos. A ação dos presos foi motivada pelas condições precárias e de opressão no local. Eles utilizaram cartazes e lençóis para escrever no chão “chega de opressão” e a sigla PCC, do Primeiro Comando da Capital, em um protesto contra a administração da unidade prisional.
Agentes do Grupo de Intervenção Rápida da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) foram chamados para conter o motim. Ao entrarem na unidade, os agentes utilizaram balas de borracha para controlar os detentos. Por volta das 14h, os presos foram rendidos e obrigados a tirar as roupas, sendo aglomerados em um canto do pátio.
A Polícia Militar também foi acionada, mas não houve necessidade de intervenção direta dentro do presídio. Não foram registrados reféns nem vítimas durante a operação. O Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar incêndios provocados pelos presos que queimaram objetos durante a rebelião.
O motim ocorre em um contexto de tensão no sistema prisional paulista, dias após uma outra rebelião em São Paulo, motivada pela remoção de presos. A superlotação e as más condições nos presídios têm sido um problema recorrente. A Penitenciária 1 de Franco da Rocha, localizada na rodovia Edgar Máximo Zambotto, abriga um número de detentos acima da capacidade, exacerbando os problemas de gestão e condições de vida dos presos.
A Secretaria da Administração Penitenciária informou que está realizando um levantamento dos danos causados durante o motim, que afetou dois pavilhões habitacionais. O sábado é um dia de visitas aos presos, e os visitantes foram retirados do local com segurança antes do início da rebelião.
A gestão do governador Tarcísio de Freitas tem enfrentado desafios na administração do sistema prisional, com várias unidades operando acima da capacidade. A recente reforma do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Butantan, que também está superlotado, não conseguiu aliviar a pressão sobre o sistema prisional do estado.
Os presos de Franco da Rocha se queixam das condições insalubres e da opressão por parte da administração, o que motivou a revolta. As autoridades continuam a monitorar a situação para garantir a segurança e a ordem nas unidades prisionais do estado.
Fonte: DCM, Metropoles e DP.
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