Preta Gil morre aos 50 anos em Nova York após luta contra câncer e deixa o Brasil em pranto
Morreu neste domingo, 20 de julho de 2025, em Nova York, a cantora Preta Gil. Aos 50 anos, ela nos deixou após uma longa e pública batalha contra um câncer colorretal que enfrentou com a coragem de quem sempre viveu sem pedir licença. A notícia atravessou o país como um trovão silencioso: mesmo esperada, a perda de Preta Gil nunca seria algo para o qual o Brasil estivesse verdadeiramente preparado.
Pontos Principais:
- Preta Gil morreu neste domingo, 20 de julho de 2025, em Nova York, aos 50 anos.
- A causa da morte foi câncer colorretal com metástase, diagnosticado em 2023.
- Ela era filha de Gilberto Gil e foi um ícone da música, da representatividade e do ativismo.
- Durante o tratamento, enfrentou também a traição do ex-marido e ataques públicos.
- Celebridades, fãs e instituições lamentaram profundamente sua partida.
- A família organiza a repatriação do corpo e deve realizar velório público no Brasil.
Era mais que uma cantora. Preta era símbolo, era corpo, era voz — uma mulher que abriu caminhos com a própria pele, com a própria dor e com a própria festa. Fez do palco trincheira, do microfone farol e da alegria um ato político. Seu nome sempre foi sinônimo de irreverência, liberdade, afeto e luta. E agora, sua ausência será medida na exata proporção da presença imensa que sempre ocupou.
Preta dançou contra o preconceito, cantou contra a hipocrisia e viveu contra os moldes. Foi resistência quando existia silêncio. Foi escudo quando havia ataque. E mesmo quando o corpo adoeceu, manteve a dignidade intacta. Entre hospitais, traições e sessões de quimioterapia, ainda encontrou tempo para inspirar, perdoar e amar. Não foi mártir. Foi humana — e por isso mesmo, gigante.
Gilberto Gil, o pai, já chorou um filho nos anos 90. Agora, chora uma filha. E o Brasil chora com ele. A repatriação do corpo já está sendo organizada, mas o coração do país permanece aqui, latejando entre saudade e gratidão. Porque a morte de Preta Gil não é apenas uma despedida — é o início de um luto coletivo e afetivo, daqueles que permanecem por gerações.
A vida de Preta foi como suas músicas: cheia de cor, ritmo e emoção. Agora, o silêncio que se instala não é ausência — é reverência. E nessa pausa entre um refrão e outro, o Brasil se inclina para dizer obrigada. Obrigada, Preta, por ter sido você em voz alta, por ter nos ensinado que viver é, acima de tudo, um ato de amor.
Uma despedida sem ensaio: Preta Gil morre aos 50 anos em Nova York
O Brasil perdeu neste domingo, 20 de julho de 2025, uma de suas vozes mais livres. A cantora Preta Gil faleceu aos 50 anos, em Nova York, após complicações de um câncer colorretal com o qual lutava desde janeiro de 2023. A notícia foi confirmada pela família e gerou comoção nacional.
Filha de Gilberto Gil e Sandra Gadelha, Preta era mais que uma herdeira do talento: era protagonista de sua própria revolução. Mulher preta, gorda, artista, empresária, ativista, mãe — sua existência foi um manifesto vivo. Mesmo durante o tratamento, nunca deixou de se expressar, falar, cantar e provocar.
O câncer, que começou no intestino, apresentou metástases em 2024. A partir de abril de 2025, seu quadro piorou. Preta estava em tratamento no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos, onde veio a falecer.
Legado de uma mulher que nunca baixou o tom
Desde o início dos anos 2000, quando lançou o álbum Prêt-à-Porter, Preta mostrou que sua música era extensão da sua alma — vibrante, afetiva, combativa. Canções como “Sinais de Fogo”, “Meu Xodó”, “Só o Amor” e “Decote” se tornaram trilhas da diversidade e do empoderamento.
Seus shows, sua voz e sua presença eram celebrações públicas do amor próprio, da liberdade corporal e da potência da mulher brasileira fora dos padrões.
Mas foi fora dos palcos que ela ampliou seu impacto: fundadora da agência Mynd, Preta impulsionou dezenas de artistas pretos, periféricos e LGBTQIA+. Nos bastidores e nos palanques, ela foi ponte entre arte e política, riso e denúncia, beleza e verdade.
O corpo doeu, mas a dignidade ficou de pé
Preta foi transparente em sua luta. Compartilhou com o Brasil cada etapa do tratamento, das quimioterapias às internações. Em 2023, chegou a anunciar a remissão da doença. Mas a alegria durou pouco: no ano seguinte, os exames revelaram metástases.
Nesse período, a dor não foi só física. Em meio ao tratamento, ela revelou ter sido traída pelo então marido, Rodrigo Godoy. O episódio abalou o país e escancarou o machismo estrutural, mas também mostrou a força de uma mulher que escolheu a verdade mesmo ferida.
Pouco antes de sua morte, enfrentou ainda o deboche público de Leo Lins, que fez piada com seu estado de saúde. A resposta não veio com ofensa — mas com dignidade. Porque Preta nunca se rebaixou ao nível de seus algozes.
Homenagens de famosos e fãs de todo o Brasil
A comoção tomou as redes sociais. Luciano Huck, Angélica, Carolina Dieckmann, Gilberto Gil, Anitta, Pablo Vittar, Gloria Groove, além de clubes como Flamengo, Bahia e Botafogo, manifestaram pesar.
A comoção não se limitou aos famosos. Grupos de militância, coletivos de arte, blocos de carnaval e fãs anônimos ergueram homenagens. Uma onda de flores, vídeos, tatuagens e reinterpretações de suas músicas começaram a brotar nas redes.
Gilberto Gil: um pai que chora dois filhos
A dor de Gilberto Gil é insondável. Em 1990, perdeu Pedro Gil, seu filho caçula, em um acidente de carro. Agora, em 2025, vê a filha Preta partir. Em comunicado comovente, agradeceu as mensagens de apoio e pediu silêncio, fé e amor.
A família organiza a repatriação do corpo. O velório será público, ainda sem local confirmado. Espera-se uma multidão para homenagear sua memória no Rio ou em Salvador, cidades onde Preta foi feliz e fez história.
O fim da dor, o começo da eternidade
Preta Gil morreu no corpo. Mas sua existência seguirá pulsando na coragem de cada mulher que não se cala, na dança de quem ama seu próprio corpo, no canto de quem diz “eu sou assim e isso basta”.
Não há como medi-la em discos vendidos ou likes. Preta foi amor em pessoa. Foi voz que não pedia licença. Foi chama que não se apagou nem no hospital. O Brasil não perdeu só uma cantora. Perdeu uma mulher que nos ensinou a viver — mesmo quando tudo parecia nos convidar a desistir.
Corpo de Preta Gil será repatriado dos EUA e velado no Brasil em cerimônia pública
A família da cantora e apresentadora Preta Gil deu início ao processo de repatriação do corpo, após sua morte em Nova York neste domingo, 20 de julho de 2025. A artista, filha de Gilberto Gil, faleceu aos 50 anos vítima de câncer colorretal com metástase, diagnosticado em 2023. Seu falecimento foi confirmado por familiares e comoveu o país, que agora aguarda os trâmites legais para que o corpo possa retornar ao Brasil.
Pontos Principais:
- Preta Gil morreu em 20 de julho de 2025, aos 50 anos, em Nova York.
- Família iniciou processo de repatriação do corpo para o Brasil.
- Traslado está sendo acompanhado pelo consulado brasileiro nos EUA.
- O corpo deve chegar em até cinco dias úteis, dependendo da liberação.
- Velório será público e deve ocorrer no Rio de Janeiro.
A logística internacional do traslado está sendo tratada com apoio do consulado brasileiro nos Estados Unidos, que acompanha os documentos necessários para liberação do corpo junto às autoridades locais. O processo envolve atestados médicos, declaração de óbito traduzida, autorização da família e certificação sanitária, respeitando normas tanto dos EUA quanto do Brasil.
A previsão inicial, segundo pessoas próximas à família, é de que o corpo chegue ao Brasil em até cinco dias úteis, dependendo da liberação do certificado internacional de transporte de restos mortais. A família solicitou prioridade às autoridades americanas diante da comoção pública e do desejo de realizar um velório com a presença de fãs.
O local exato do velório ainda não foi confirmado oficialmente, mas circula nos bastidores que o Theatro Municipal do Rio de Janeiro ou a Câmara Municipal são opções consideradas. Ambas as instituições têm histórico de homenagens póstumas a personalidades brasileiras de relevância cultural, e o nome de Preta Gil, como artista e símbolo de representatividade, ganha força nesse contexto.
O traslado aéreo deve ser feito em voo comercial, em compartimento especial e acompanhado por um membro da família. O processo exige que o corpo seja preparado de acordo com protocolos internacionais, incluindo embalsamamento e acondicionamento em urna hermeticamente lacrada.
Empresas funerárias especializadas no transporte internacional de corpos já foram acionadas. A contratação inclui toda a gestão burocrática e sanitária, desde o hospital até o embarque no aeroporto JFK, em Nova York, e o desembarque no Rio de Janeiro. Os custos são estimados em até R$ 100 mil, considerando taxas, impostos e serviços funerários bilaterais.
A assessoria de imprensa de Gilberto Gil não confirmou se o cantor acompanhará o traslado ou aguardará no Brasil. Nos bastidores, familiares têm optado por discrição, enquanto organizam um rito de despedida à altura da trajetória pública e afetiva de Preta.
Em paralelo, autoridades culturais e lideranças políticas têm oferecido apoio à família para viabilizar o cerimonial no Brasil. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, teria entrado em contato com interlocutores próximos a Gil, colocando a pasta à disposição para apoio logístico e institucional.
O desejo da família é que o velório seja aberto ao público, como forma de agradecimento à multidão que acompanhou a luta de Preta Gil contra o câncer, os episódios de violência emocional e seu ativismo em vida. Até o momento, ainda não há data definida para o velório, que será divulgado apenas após a confirmação do desembarque do corpo no Brasil.
Com informações de Terra, Carro.Blog.Br, Uol, G1 e Terra.
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