China Prepara Missão para Desviar Asteroide e Testar Defesa Planetária
A China está se preparando para lançar uma missão de defesa planetária. O objetivo é desviar o asteroide 2015 XF261. A missão está sendo organizada pela agência espacial chinesa CNSA e é uma iniciativa para testar técnicas de defesa contra possíveis ameaças de asteroides próximos à Terra.
O asteroide 2015 XF261 é uma rocha espacial com 30 metros de diâmetro. Recentemente, ele passou a 50 milhões de quilômetros da Terra. A missão está programada para ocorrer até 2029, com uma janela de lançamento ideal em abril daquele ano, quando o asteroide estará a 6,8 milhões de quilômetros da Terra.
A missão chinesa seguirá os passos da DART, uma missão da NASA que colidiu com o asteroide Dimorphos. O impacto da DART mudou a órbita do asteroide, demonstrando que é possível desviar objetos espaciais que ameaçam a Terra. Essa abordagem mostrou que, com tempo suficiente, uma colisão pode evitar uma catástrofe.
Wu Weiren, diretor do Laboratório de Exploração do Espaço Profundo da China, mencionou que a missão poderia ser lançada em 2027. No entanto, a distância do asteroide na época, 32 milhões de quilômetros, torna 2029 uma data mais viável. Durante a aproximação de 2029, a CNSA terá uma melhor oportunidade para atingir o asteroide.
Os objetivos científicos da missão ainda estão sendo definidos, bem como as cargas úteis e a configuração da missão. A CNSA planeja observar os efeitos da colisão no asteroide, coletando dados importantes para futuras missões de defesa planetária.
A Sociedade Planetária, uma organização sem fins lucrativos, discutiu a missão em um artigo na revista Journal of Deep Space Exploration. O artigo destaca a importância de desenvolver e testar técnicas de defesa planetária para proteger a Terra de possíveis impactos de asteroides.
A missão da CNSA representa um passo significativo na colaboração internacional para a defesa planetária. À medida que mais países desenvolvem tecnologias para desviar asteroides, a capacidade global de prevenir catástrofes espaciais aumenta.
Fonte: Canaltech.