Tio de Michelle Bolsonaro é preso com centenas de imagens de abuso infantil em operação no DF
Gilberto Firmo, de 52 anos, tio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi preso em flagrante nesta sexta-feira, 1º de agosto, por armazenar e compartilhar imagens de abuso sexual infantil. A operação foi conduzida pela Polícia Civil de Goiás em conjunto com agentes do Distrito Federal, com cumprimento de mandado de busca e apreensão na cidade de Ceilândia (DF), onde o suspeito residia.
Pontos Principais:
- Gilberto Firmo, tio de Michelle Bolsonaro, foi preso por armazenar e compartilhar imagens de abuso infantil.
- A prisão ocorreu em flagrante durante operação em Ceilândia, no Distrito Federal.
- O celular do suspeito continha vídeos e fotos explícitas de crianças e adolescentes.
- O material apreendido será analisado por peritos e pode revelar conexão com redes criminosas.
- A defesa confirmou a prisão e informou que Gilberto passará por audiência de custódia no sábado (2).
O flagrante ocorreu no exato momento em que os investigadores realizavam uma análise inicial do celular de Gilberto, que estava entre os itens recolhidos durante a ação. Dentro do aparelho, peritos identificaram dezenas de vídeos e fotos com conteúdo explícito envolvendo crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Diante da gravidade do material, a prisão foi efetuada imediatamente.
Segundo fontes da operação, os arquivos não apenas estavam armazenados, como também foram compartilhados digitalmente, o que agrava a tipificação penal dos atos cometidos. Há indícios de que os conteúdos tenham sido disseminados em plataformas da internet, podendo estar associados a redes ilegais de distribuição de pornografia infantil. A análise detalhada do dispositivo apreendido será realizada por peritos especializados nos próximos dias.
A investigação teve início a partir de denúncias encaminhadas a delegacias especializadas em crimes cibernéticos. A identidade do suspeito como parente direto de Michelle Bolsonaro só foi confirmada após o cumprimento da ordem judicial. Embora a ex-primeira-dama não esteja envolvida na investigação, o parentesco aumentou a repercussão do caso nos bastidores políticos e na opinião pública.
A defesa de Gilberto Firmo confirmou a prisão por meio do advogado Samuel Magalhães, que informou à imprensa que seu cliente deverá participar de audiência de custódia no sábado, 2 de agosto. O processo judicial, segundo a defesa, tramitará sob sigilo por envolver material sensível e a presença de vítimas menores de idade. Até o momento, não há solicitação formal de liberdade provisória.
O celular, principal evidência até agora, será periciado por profissionais da área de tecnologia forense. O objetivo é identificar a origem, o volume e os canais de compartilhamento utilizados, além de verificar possíveis conexões com outros investigados. Caso seja confirmada a participação em redes internacionais ou nacionais de abuso infantil, o inquérito pode se desdobrar para além da jurisdição do Distrito Federal.
A Polícia Civil informou que novas diligências estão previstas para os próximos dias, inclusive com possibilidade de outros mandados serem expedidos, caso sejam identificados cúmplices ou receptadores do material distribuído. A coordenação da investigação está sob responsabilidade de delegacias especializadas, com articulação entre estados e eventual apoio da Polícia Federal, dependendo da amplitude das descobertas.
Até a noite de sexta-feira, Michelle Bolsonaro não havia se pronunciado oficialmente sobre a prisão do tio. Pessoas próximas à ex-primeira-dama disseram que ela foi informada do ocorrido, mas optou por não comentar publicamente. O silêncio também foi mantido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo entorno político ligado à família, apesar da pressão de veículos de imprensa por posicionamentos.
O impacto do caso se espalhou rapidamente nas redes sociais, com milhares de menções ao nome do suspeito e da ex-primeira-dama, mesmo sem relação direta dela com os fatos. A repercussão tende a crescer nos próximos dias, especialmente entre lideranças políticas e grupos que atuam na defesa dos direitos das crianças e adolescentes, que pedem celeridade na apuração dos fatos e responsabilização exemplar.
A operação, que inicialmente tinha caráter técnico e investigativo, transformou-se em uma ação de grande visibilidade pública ao envolver um membro da família de uma das figuras mais proeminentes do governo anterior. Enquanto isso, o material apreendido segue sob custódia das autoridades, e o Ministério Público já acompanha o andamento do inquérito, que deve evoluir com novas provas e oitiva de testemunhas.
Fonte: CNN e Metropoles.
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