Professora é acusada de agredir aluna em escola municipal de Caieiras: mãe denuncia omissão no suporte à vítima
Uma denúncia de agressão dentro de uma escola municipal em Caieiras, na Grande São Paulo, chocou pais e moradores do município. O caso envolve uma aluna do ensino fundamental que, segundo relatos, foi agredida física e verbalmente por sua professora no interior da unidade escolar.

A mãe da criança denuncia não apenas a violência sofrida, mas também a ausência de suporte por parte da Secretaria Municipal de Educação (SME), que alega ter tomado todas as providências. A situação está sob investigação e ganhou repercussão após a mãe buscar apoio legal e psicológico por conta própria.
Segundo Lilian Gabrieli Santos Feliciano, mãe da estudante, o episódio aconteceu no dia 7 de novembro de 2024, por volta das 17h50, após um desentendimento entre a filha e outros alunos. A menina foi até a secretaria da escola para relatar o caso à coordenação, quando, de acordo com a mãe, foi abordada de forma agressiva pela professora. A educadora teria puxado a criança pelo braço, gritado com ela e ainda a chamado de “peste”. A mãe afirma que a filha saiu da escola com marcas no pescoço e extremamente abalada emocionalmente.
“O motorista Carlos Alberto viu tudo e ficou revoltado. Disse que ninguém fez nada para impedir a agressão, mesmo com outros profissionais por perto. Ele mesmo chamou a GCM”, relata Lilian. A situação teria sido registrada no livro de ocorrências da escola, e também foi protocolada em boletim de ocorrência eletrônico. No dia seguinte, Lilian foi até a Secretaria de Educação para formalizar a denúncia e soube, posteriormente, que outra mãe também havia relatado agressão contra o filho, da mesma turma.
A Prefeitura Municipal de Caieiras, por meio de nota oficial, afirmou que a Secretaria Municipal de Educação (SME) está apurando rigorosamente os fatos. Entre as medidas mencionadas estão a abertura de uma sindicância por meio de Termo de Início de Apuração Disciplinar (TIAD), a análise das imagens de segurança da escola, a escuta de testemunhas e o afastamento médico da professora envolvida. A SME também afirmou estar em contato com a família para prestar suporte emocional e pedagógico à aluna.
Entretanto, a mãe contesta essa versão. “Eles não estão me dando suporte nenhum. Eu mesma que fui atrás da transferência e da ajuda psicológica para minha filha. A professora está afastada, mas no dia seguinte à agressão ela ainda estava em sala de aula como se nada tivesse acontecido”, afirmou Lilian. A criança, segundo a mãe, passou a ter febre, crises de choro e dificuldade para dormir.
Testemunhas como o motorista escolar e a monitora do transporte reforçam os relatos da família, apontando a gravidade do episódio. A repercussão na comunidade escolar foi imediata, com outros pais exigindo providências e cobrando posicionamentos mais firmes por parte da escola.
Em sua tréplica, Lilian reforça o apelo por ações concretas. “Eu não quero só uma resposta escrita, quero atitudes reais. Estou falando como mãe de uma criança que saiu destruída da escola. Preciso confiar no lugar onde deixo minha filha todos os dias. Não estou buscando vingança, quero segurança, respeito e humanidade. Que isso nunca mais aconteça com nenhuma criança em Caieiras.”
O caso segue em investigação. A comunidade acompanha com atenção os desdobramentos e cobra por um desfecho justo, que sirva de alerta para toda a rede pública de ensino sobre a importância da prevenção e do cuidado nas relações escolares.
A mãe acrescenta que ainda não conseguiu tratamento para a criança que demanda mais cuidados por conta de ainda ter crises e eventuais transtornos relativos ao incidente.
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