Presidente da Conab anunciou anulação de leilão do arroz
O governo brasileiro decidiu anular o leilão destinado à compra de arroz importado após suspeitas de irregularidades. A informação foi divulgada nesta terça-feira (11) pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. De acordo com Pretto, um novo leilão será realizado, com o objetivo de selecionar empresas que possuam capacidade técnica e financeira para cumprir o contrato.
A decisão de importar arroz foi tomada poucos dias após o início das enchentes no Rio Grande do Sul, estado que responde por 70% da produção nacional do grão. Apesar de 80% da colheita já ter sido concluída antes das inundações, as condições adversas afetaram significativamente a logística de transporte do produto para outras regiões do país.
No dia 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que o governo havia decidido comprar arroz para evitar uma alta nos preços, em virtude das dificuldades enfrentadas pelo Rio Grande do Sul. Segundo Fávaro, na ocasião, nenhum atacadista possuía estoques suficientes para mais de 15 dias, o que gerava preocupações sobre o abastecimento e os preços do produto.
Edegar Pretto explicou que o novo leilão pode ser realizado com modelos diferentes, buscando garantir a contratação de empresas aptas a fornecer o arroz necessário. A intenção é ajustar o processo para que ele ocorra de maneira mais transparente e eficaz, evitando os problemas que levaram à anulação do leilão original.
As enchentes no Rio Grande do Sul causaram grandes transtornos à produção agrícola do estado. Mesmo com a maior parte da colheita já realizada, a logística de transporte foi severamente impactada, dificultando a distribuição do arroz para outras partes do Brasil. Isso motivou o governo a tomar medidas rápidas para evitar desabastecimento e aumento de preços.
A Conab, responsável pela regulação do mercado de alimentos no Brasil, está trabalhando para reestruturar o processo de importação de arroz. O objetivo é garantir que o novo leilão ocorra de maneira a selecionar fornecedores confiáveis e com condições de atender às necessidades do mercado nacional.
O governo reafirma seu compromisso em monitorar e intervir no mercado de alimentos sempre que necessário, visando assegurar a estabilidade dos preços e o abastecimento adequado para a população. A expectativa é que o novo leilão ocorra em breve, com regras mais rigorosas para a participação das empresas interessadas.
*Fonte: G1.