Mulher morre após anestesia mal aplicada em cirurgia feita por falso médico nos EUA
Maria Peñaloza Cabrera morreu dias após ser submetida a um procedimento estético em Queens, Nova York, conduzido por um homem que se apresentava como médico, mas não tinha formação ou autorização legal. A cirurgia realizada de forma clandestina visava remover implantes nos glúteos. Durante o procedimento, foi utilizada lidocaína, substância anestésica que causou uma parada cardíaca.
A paciente foi levada a um hospital da região e permaneceu intubada, com suporte de aparelhos, mas os médicos confirmaram a ausência de atividade cerebral. Segundo familiares, os equipamentos foram desligados em 11 de abril, após dias sem expectativa de recuperação. A morte está sendo analisada pelo Ministério Público do distrito de Queens, que pode revisar a tipificação penal atribuída ao autor.
Felipe Hoyos-Foronda, de 38 anos, foi detido no Aeroporto Internacional John F. Kennedy enquanto tentava fugir dos Estados Unidos com destino à Colômbia. Ele já foi formalmente acusado por agressão de segundo grau e exercício ilegal da medicina. Com a morte de Maria, as autoridades avaliam a possibilidade de indiciá-lo por crime doloso mais grave.
As investigações mostram que Hoyos-Foronda divulgava serviços estéticos de forma aberta nas redes sociais. O perfil mais ativo era no TikTok, onde ele promovia aplicações de botox e intervenções cirúrgicas. Após sua prisão, todas as contas foram retiradas do ar. A polícia também busca identificar outras possíveis vítimas dos procedimentos irregulares.
A vítima, Maria Peñaloza Cabrera, era natural da Colômbia e mãe de duas crianças. A família iniciou uma campanha de arrecadação online, que superou os 6 mil dólares, com objetivo de viabilizar o deslocamento de parentes a Nova York e garantir os trâmites legais para o retorno do corpo. A mobilização recebeu apoio de imigrantes e amigos da vítima.
O caso levantou preocupações sobre a fiscalização de práticas estéticas nos Estados Unidos, especialmente em relação à atuação clandestina de indivíduos que utilizam plataformas digitais para oferecer serviços sem credenciais médicas. As autoridades pedem que vítimas de casos semelhantes denunciem os responsáveis.
Fonte: Noticiasaominuto e iG.
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