Entrevista com Jefferson Gomes, o pai da atleta Yasmin Nayara que representa o jiujitsu feminino de Caieiras
Esta semana, conversando com Jeff, amigo da redação do FalaRegional, conquistou grande respeito da nossa equipe por ser um pai tão dedicado e apoiador da filha, Yasmin, atleta caieirense que carrega diversos títulos e tem uma rotina de escola, responsabilidades, muito treino e ainda é uma adolescente adorável e cheia de amigos.
Em entrevista exclusiva, Jeff conta tudo sobre os bastidores da filha e como tudo começou e foi se formando ao longo do tempo.
Pai de atleta precisa acompanhar a rotina?
Mesmo que seja apenas uma simples atividade física, ou praticar esporte por hobby já vale acompanhar, incentivar e se possível estar presente. Transmitir mais segurança aos filhos é importante, agora sendo pai de atleta de alto rendimento é muito importante e necessário estar por perto e por dentro de tudo, afinal o esforço é gigantesco para todos os envolvidos.
Como tudo começou, o esporte na vida da Yasmin foi incentivo de quem?
Eu sempre fui ligado ao esporte desde pequeno, o Futsal, mas desde cedo Yasmin se interessou em praticar e aprender tudo que lhe era apresentado de esporte. Brincadeiras a parte, uma fruta nunca cai longe do pé, certamente acabei por influencia-la e nossa relação é bem de parceria. Tanto na escola quanto em casa, vivíamos esporte, mas foi acompanhando a mãe nas aulas de MuayThai, conhecido também por boxe Tailandes, que despertou seu interesse em artes marciais, logo em seguida conheceu o Jiu Jitsu e não parou mais!
Quando perceberam que ela tinha vocação e era talentosa, como foi apoiar a carreira?
Muito simples e sensacional. Confesso que no começo agia de forma natural, como se ela praticasse esporte por hobby, mas o Jiu Jitsu lhe trouxe uma disciplina e comprometimento pouco comum para a idade (14 anos na época), daí então por saber das dificuldades da vida de um atleta no Brasil, decidi acompanhar e investir meu tempo e conhecimento no projeto da carreira dela, respeitando sua paixão e notando a importância daquela realidade para ela. Desde então eu que faço toda a parte de:
- Negociação com patrocinadores,
- Relacionamento com a imprensa
- Apoios,
- Logística de viagens,
- Competições,
- Comunicação de modo global.
Conforme ela vai se profissionalizando, amadurecendo e entendendo esta relação, todo o trabalho se torna frutífero. Logo muitos bons resultados começaram a aparecer e hoje é a vida dela.
Onde Yasmin ja lutou e quando foi a primeira vez que não pode acompanhá-la?
Viajamos alguns estados do Brasil já, muitas cidades do interior de São Paulo, e estive junto também na Argentina e nos Estados Unidos, a primeira vez que não pudemos estar juntos por conta do alto custo da viagem, foi em novembro do ano passado, quando ela viajou sozinha para Abu Dabhi, ficou uma semana lá e disputou o World Pro Championship, foi muito difícil acompanhar a distância, mas tive a certeza que ela aprendeu tudo que passamos juntos em experiências das outras viagens e tirou de letra, ela é fantástica e muito inteligente. Depois disso ja engatamos uma visita à Califórnia com um grupo de amigas, competir também.
Como é a relação com a mãe da atleta, vcs são casados? Elas convivem?
Minha esposa Mariana, com quem sou casado há 18 anos, é muito parceira, sempre que pode também está presente nas competições, foi por meio dela que a Yasmin conheceu os esportes de luta, é uma grande conselheira e faz parte de tudo que a Yasmin vem conquistando. É um amor e uma parceria incondicional em nosso seio familiar.
Temos duas filhas, a mais velha a Yasmin e a Yza… Nossa princesa que tem 15 anos atualmente. Ela adora esportes também, diria que esse é o nosso vício (risos). Ela é praticamente de esportes, mas prefere musculação. A yza também conta com o apoio e conselhos da Yasmin, a relação é de parceria mesmo.
Porque é tão importante a atuação da familia no seu ponto de vista como pai?
A família é q base de tudo, parece até clichê esta frase, mas partindo de dentro de casa esse apoio, este carinho, as chances de dar certo aumentam muito. Quando o respeito começa em casa, elas não aceitam menos que isso por onde quer que estejam. Afinal, lá fora o mundo as vezes não será acolhedor, a concorrência no esporte, e na vida… é natural, faz parte, precisam estar preparadas e amparadas pela família e pelos amigos.
Ai está uma breve entrevista de um paizão coruja que incentivou a filha a embarcar na vida do esporte e se dedicou junto sua esposa a mudar o mundo que está em volta praticando o bem e o amor. Viva o esporte!
Já pensou em ser atleta também e encarar uma rotina corrida com muita disciplina? Pois é, não ha sucesso sem esforço. Ja começou? Então foco!