Homem que realizou peeling de fenol morreu por inalar a substância durante o tratamento estético, informa IML
Henrique Chagas morreu no dia 3 de junho após realizar um peeling de fenol em uma clínica de estética. O procedimento foi feito por Natália Freitas, conhecida como Natália Becker, uma influenciadora digital que não tinha registro profissional de esteticista. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, a causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória decorrente de edema pulmonar agudo causado pela inalação do fenol usado no tratamento.
O relatório do IML também constatou que Henrique Chagas sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus no rosto, além de lesões na epiglote, laringe, cordas vocais e pulmões. Essas lesões foram causadas pela inalação do fenol, um agente químico poderoso utilizado para promover a renovação da pele.
Após a morte de Henrique, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu temporariamente a venda e o uso de fenol em procedimentos estéticos no Brasil. A decisão foi tomada para evitar novos casos e garantir a segurança dos pacientes que buscam tratamentos de rejuvenescimento da pele.
O Conselho Federal de Medicina destacou que a aplicação de fenol é um procedimento arriscado e deve ser realizado apenas por médicos dermatologistas. A falta de qualificação e registro profissional de Natália Freitas foi um fator crucial para a ocorrência da fatalidade.
A Polícia Civil está investigando o caso e Natália Freitas foi indiciada por homicídio por dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Ela está respondendo ao processo em liberdade, enquanto sua defesa analisa o laudo do IML e prepara sua argumentação.
O caso de Henrique Chagas trouxe à tona a necessidade de maior regulamentação e fiscalização nos procedimentos estéticos no Brasil. Especialistas alertam para os perigos de realizar tratamentos invasivos com profissionais não qualificados, destacando a importância de verificar as credenciais e a experiência do profissional antes de qualquer procedimento.
A tragédia reforça a urgência de medidas para proteger os pacientes e garantir que apenas profissionais capacitados possam realizar procedimentos que envolvem substâncias químicas potentes como o fenol.
Fonte: G1.