Empreendedorismo: Cidade de São Paulo é lider segundo Escola Nacional de Administração Pública

O Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) selecionou os 101 municípios mais populosos do Brasil que oferecem as melhores condições para o empreendedorismo.

Economia
Publicado por Bianca Ludymila em 28/03/2023
Empreendedorismo: Cidade de São Paulo é lider segundo Escola Nacional de Administração Pública

De acordo com a classificação geral do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) para o período de 2022/2023, o município de São Paulo ocupa o topo da lista das cidades com as condições mais favoráveis para o empreendedorismo.

Um novo levantamento apontou as cidades que mais subiram no ranking de empreendedorismo no Brasil. De acordo com o relatório produzido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Brasília teve a maior ascensão, saindo da 69ª posição para ocupar o 4º lugar. Boa Vista também teve uma performance excepcional, subindo do 47º para o 6° lugar, seguida por Aparecida de Goiânia, que passou da 65ª posição para a 35ª.

O relatório analisou os 101 municípios mais populosos do país e avaliou suas condições para empreender. São Paulo lidera a lista, seguida por Florianópolis e Joinville, em Santa Catarina. Depois de Brasília, outras cidades que se destacaram foram Niterói, no Rio de Janeiro, Curitiba, no Paraná, Rio de Janeiro, Macapá e Goiânia.

Os resultados demonstram a importância de políticas públicas que estimulem o empreendedorismo e fomentem o ambiente de negócios em todo o país. Com as mudanças no ranking, cidades que antes não eram reconhecidas por suas condições para empreender agora se destacam e podem se tornar destinos ainda mais atraentes para novos empreendedores.

“Essas são as cidades com melhores condições para o empreendedorismo, a partir de sete fatores determinantes para que os negócios sejam bem-sucedidos: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso ao capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora”, justificaram os pesquisadores.

Proeminências

De acordo com o estudo realizado pelo Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), a capital federal, Brasília, foi a cidade que apresentou o maior crescimento em relação às condições de empreendedorismo, subindo da 69ª para a 4ª posição no ranking geral. Isso se deve, em grande parte, às melhorias no ambiente regulatório, como a redução da alíquota interna do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a simplificação burocrática, que diminuiu o tempo gasto com processos.

O relatório destacou também que Brasília continua ocupando posição de destaque (3º lugar) no quesito infraestrutura, com boas conexões de transporte com outras cidades, estados e países.

Outra cidade que teve um ganho significativo de posições no ranking foi Boa Vista, subindo da 47ª para a 6ª posição. O estudo apontou que o destaque de Boa Vista se deve principalmente ao quesito “cultura empreendedora”, com um grande interesse das pessoas e instituições do município pelo empreendedorismo.

São Paulo é uma das cidades mais empreendedoras do Brasil, com uma cultura vibrante de startups e um ecossistema de inovação dinâmico. (foto: reprodução)
São Paulo é uma das cidades mais empreendedoras do Brasil, com uma cultura vibrante de startups e um ecossistema de inovação dinâmico. (foto: reprodução)

Os resultados do estudo ressaltam a importância das melhorias no ambiente regulatório e da promoção de uma cultura empreendedora para o desenvolvimento do empreendedorismo no país. Com essas medidas, é possível tornar os negócios mais rentáveis e estimular o surgimento de novos empreendimentos em diferentes regiões do Brasil.

“O destaque da capital de Roraima está associado a aspectos ligados à iniciativa em se tornar empreendedor e ao engajamento nas principais instituições de apoio ao empreendedorismo como o Sebrae, Simples Nacional e Senac. Também houve progresso na área de inovação. Nesse caso, impulsionados pela economia criativa e pela ampliação de empresas de tecnologia da informação e comunicação”, detalhou o relatório.

Aparecida de Goiânia, cidade do interior de Goiás, foi destacada pelo estudo do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) como a cidade com a maior ascensão no ranking de 2023. Segundo o relatório, as melhorias no ambiente regulatório e na cultura empreendedora foram os principais motivos para o sucesso do município. Houve redução no tempo de tramitação de processos, diminuição da taxa de congestionamento em tribunais, ampliação da simplicidade tributária e maior interesse da população local pelo empreendedorismo.

Além disso, a Escola Nacional de Administração Pública apontou que Aparecida de Goiânia ganhou posições no mercado graças à evolução no indicador de crescimento real médio do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país. Esses fatores evidenciam o potencial do empreendedorismo em cidades do interior e a importância de investir em políticas públicas para estimular o desenvolvimento econômico regional.

Marco regulatório

De acordo com o Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) referente ao período 2022/2023, divulgado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Goiânia é a cidade com o melhor Ambiente Regulatório para empreendedores no Brasil, oferecendo baixas alíquotas de impostos e menos tempo gasto com questões burocráticas. A capital goiana saltou da 19ª posição para o topo do ranking neste quesito. Joinville ocupa o segundo lugar, seguida pelo Rio de Janeiro, Florianópolis e Niterói.

São Paulo é uma cidade que fomenta a cultura empreendedora, oferecendo acesso a capital, infraestrutura tecnológica e mão de obra especializada. (foto: reprodução)
São Paulo é uma cidade que fomenta a cultura empreendedora, oferecendo acesso a capital, infraestrutura tecnológica e mão de obra especializada. (foto: reprodução)

Em relação à infraestrutura, São Paulo e Limeira (SP) lideram a lista, destacando-se por suas redes de transporte e condições urbanas mais favoráveis para o desenvolvimento de negócios. Na terceira posição, está Brasília, seguida de Ponta Grossa (PR), Santos (SP), Guarujá (SP), Guarulhos (SP), Porto Alegre (RS), Piracicaba (SP) e Campinas.

O relatório ressalta a importância das condições urbanas e dos custos de cada cidade, como o custo do metro quadrado dos imóveis, acesso à internet rápida e segurança urbana, na decisão de empreendedores de abrir ou não um negócio em determinada região.

Setor

De acordo com o ranking do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2023, divulgado recentemente, algumas cidades brasileiras se destacaram em diferentes quesitos relacionados ao empreendedorismo. No quesito mercado, as cidades mais bem posicionadas foram Niterói, Jundiaí e Brasília, que apresentaram “melhor desenvolvimento econômico e mais clientes potenciais”, segundo o estudo.

Niterói, por exemplo, registrou o maior crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) no período analisado, além de ter um alto Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) e contar com uma indústria do petróleo que se beneficiou dos aumentos no preço do barril e na cotação do dólar.

Já no quesito acesso a capital, essencial para o sucesso dos negócios, as cidades mais bem classificadas foram São Paulo, Osasco, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Segundo os pesquisadores, a facilidade em obter recursos financeiros é um dos principais motivos que levam os empreendedores a se arriscarem em novas oportunidades, além de ser um componente capaz de proteger os negócios contra choques de mercado e efeitos de riscos e incertezas.

Por fim, no quesito ambiente regulatório, a cidade de Goiânia se destacou como a melhor cidade para empreender, com baixas alíquotas de impostos e gastos reduzidos com questões burocráticas. São Paulo e Limeira lideram o ranking das “melhores infraestruturas para o desenvolvimento do empreendedorismo”, seguidas por outras cidades como Brasília, Ponta Grossa, Santos, Guarujá, Guarulhos, Porto Alegre, Piracicaba e Campinas.

Conforme explicado pelos pesquisadores do ICE 2023, as condições urbanas e os custos de cada cidade são fundamentais para a decisão dos empreendedores em abrir ou não um negócio na região.

Criatividade e renovação com força de trabalho

Três cidades brasileiras foram destacadas como promissoras para a criação de negócios inovadores:

  • Florianópolis,
  • Limeira e
  • Campina Grande.

O estudo avaliou a concentração de talentos no mercado de trabalho local, o financiamento de ações de inovação e a infraestrutura tecnológica para definir as melhores condições para empreendimentos que buscam desenvolver novos produtos, processos e mercados.

O relatório também destacou a importância do capital humano para o desenvolvimento econômico. Florianópolis liderou o ranking no acesso à mão de obra básica e especializada, seguida por Vitória, Santa Maria e Porto Alegre.

Segundo o estudo, cidades com maior abundância de capital humano podem impactar positivamente o empreendedorismo de três formas: aumentando a chance de sucesso nas empresas, favorecendo a alocação de recursos e a coordenação de atividades de forma mais eficiente, e ampliando as redes de relações sociais que se organizam no desenvolvimento do empreendedorismo.

São Paulo é considerada uma cidade empreendedora, com um ecossistema vibrante de startups, investimentos e um grande número de empresas estabelecidas em diversos setores da economia. (foto: reprodução)
São Paulo é considerada uma cidade empreendedora, com um ecossistema vibrante de startups, investimentos e um grande número de empresas estabelecidas em diversos setores da economia. (foto: reprodução)

Mentalidade empreendedora

Boa Vista, capital de Roraima, foi apontada como a cidade mais engajada em atividades empreendedoras, de acordo com uma pesquisa realizada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

O estudo considerou como base a busca por informações sobre empreendedorismo e empresas locais, incluindo conhecimento sobre os processos de abertura de empresas. Além disso, o empreendedorismo feminino foi um dos temas de busca analisados, devido à sua importância para o desenvolvimento econômico, social e sustentável.

A ferramenta de buscas Google Trends foi utilizada como base de dados ao longo dos últimos cinco anos. Macapá (AP) ficou em segundo lugar nesse ranking, seguida por Palmas (TO), Brasília, Maceió, Rio Branco (AC), Ananindeua (PA) e Porto Velho (RO).

*Com informações de Agência Brasil

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