Editorial: O Filme que Desafia os Padrões e Escancara o Machismo
Por Bia Ludymila (MTB 0081969/SP). Esta não é a primeira vez que o cinema é usado para trabalhar uma crítica social, esta que transcende o entretenimento e com um olhar profundo sobre questões sociais cruciais.

O filme, dirigido por Greta Gerwig, gera polêmica e divide opiniões. O filme aborda com maestria temas como padrões de beleza irreais, patriarcado, intolerância ao diferente e o machismo estrutural que permeia nossa sociedade.
Um dos aspectos mais impactantes do filme é sua abordagem crítica aos padrões de beleza impostos, não apenas à personagem principal, mas a todas as pessoas em geral. Ao mostrar o protagonista enfrentando problemas e preocupações humanas no Mundo Real, o filme desconstrói estereótipos inalcançáveis e ressalta a importância da aceitação e valorização da diversidade corporal.
Além disso, o filme nos desafia a repensar o patriarcado ao retratar a jornada do personagem, que sai de uma utopia e se depara com um mundo real machista e misógino. Ao ser assediado e submetido a olhares objetificantes, o protagonista representa milhões de pessoas que enfrentam diariamente o impacto do patriarcado em suas vidas.
A intolerância ao diferente também é retratada de forma sutil e perspicaz no filme, por meio de personagens marginalizados. Essas figuras refletem a exclusão que muitas pessoas enfrentam por não se enquadrarem nos padrões estabelecidos. Essa abordagem nos leva a questionar nossa própria sociedade e a importância de valorizar e respeitar a diversidade em todas as suas formas.
Por fim, o filme desmascara o machismo estrutural ao evidenciar comportamentos como o mansplaining, quando indivíduos explicam de forma condescendente algo que outras pessoas já dominam. Essas cenas não só destaca o sexismo cotidiano, mas também enfatiza a necessidade de ouvir e valorizar as vozes de todos.
Em suma, o filme é muito mais do que uma simples história. É uma obra-prima que nos incita a refletir sobre questões fundamentais da nossa sociedade, como os padrões de beleza, o patriarcado, a intolerância ao diferente e o machismo. Essa produção nos convida a questionar e desafiar essas estruturas opressoras, incentivando a busca por uma sociedade mais inclusiva, diversa e igualitária. É um filme que deve ser apreciado e discutido, pois nos inspira a sermos agentes de mudança e a construirmos um mundo mais justo e empoderador para todos.
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