CPTM – Linha Rubi: Deputado propõe resgatar nome histórico e mudar estação de Franco da Rocha para Juquery-Franco da Rocha
Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) reacendeu a discussão sobre a importância de preservar a identidade histórica das cidades. A proposta, apresentada pelo deputado estadual Maurici (PT), pretende alterar o nome da estação de Franco da Rocha, na Linha 7-Rubi da CPTM, para “Estação Juquery-Franco da Rocha”.
Pontos Principais:
- Projeto de lei propõe renomear a estação de Franco da Rocha para Juquery-Franco da Rocha.
- Proposta é de autoria do deputado estadual Maurici (PT) e foi protocolada na Alesp.
- Iniciativa tem apoio do Conselho Municipal de Políticas Culturais e do Condephaat.
- Nome Juquery remete ao antigo complexo hospitalar e à história ferroviária local.
- Tramitação seguirá pelas comissões temáticas antes de ir a plenário.
A sugestão partiu do Conselho Municipal de Políticas Culturais e recebeu respaldo do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), responsável pela preservação de bens culturais em todo o Estado. O órgão já reconheceu oficialmente a relevância do prédio original da estação, tombando-o como patrimônio histórico.
Inaugurada em 1888 pela antiga São Paulo Railway, a estação foi batizada inicialmente como Juquery, nome que se manteve até mudanças administrativas posteriores. Essa denominação carregava não apenas uma referência geográfica, mas também um simbolismo cultural ligado à formação da cidade.
O deputado Maurici argumenta que a alteração vai além de uma questão nominal. Segundo ele, trata-se de um ato de resgate da história e do patrimônio imaterial de Franco da Rocha, em conformidade com os princípios previstos na Constituição Federal de 1988, que protege e incentiva a valorização da memória coletiva.
O nome Juquery remete de forma direta ao antigo Complexo Hospitalar do Juquery, instituição de grande relevância na história da psiquiatria brasileira. O local foi idealizado pelo médico Francisco Franco da Rocha, figura que posteriormente inspirou o nome oficial do município.
A proposta será analisada pelas comissões temáticas da Alesp antes de seguir para votação em plenário. Caso receba aprovação, a mudança passará a integrar oficialmente os registros da CPTM e da cidade, com impactos na sinalização e na comunicação pública.
A medida desperta reações diversas na comunidade. Para setores culturais e historiadores, a mudança representa uma reconexão com as raízes da cidade, fortalecendo o sentimento de pertencimento. Já para alguns moradores, a questão exige ponderar o custo e a praticidade da alteração.
O Condephaat destaca que o tombamento do prédio original é um marco de reconhecimento, mas ressalta que ações complementares, como a atualização do nome, reforçam a preservação do patrimônio imaterial. A combinação dessas medidas, segundo especialistas, ajuda a manter viva a narrativa histórica.
Embora ainda esteja em fase inicial de tramitação, o projeto de lei já coloca Franco da Rocha no centro de um debate maior sobre identidade urbana, memória e modernização. A cidade, que integra a região do CIMBAJU, vê no tema uma oportunidade de reafirmar seu papel cultural no cenário paulista.
O assunto deverá mobilizar audiências públicas e conversas com a população nos próximos meses, permitindo que diferentes vozes influenciem o destino da proposta. Até lá, a estação segue com o nome atual, mas com a história do Juquery cada vez mais presente nas conversas e na imprensa local.
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