Cidades do CIMBAJU desistem dos Jogos Regionais 2025 por falta de alojamento e logística precária
A ausência das cidades do Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Bacia do Juquery (CIMBAJU) nos Jogos Regionais de 2025 marca um posicionamento inédito e estratégico em prol da saúde física e mental dos atletas locais. A decisão foi confirmada pela Câmara Técnica de Esportes do consórcio e afeta diretamente os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Mairiporã e Cajamar. Apenas Caieiras participará de forma parcial, competindo em modalidades específicas.
Pontos Principais:
- Cidades do CIMBAJU (exceto Caieiras) não participarão dos Jogos Regionais 2025.
- Falta de alojamento e longos deslocamentos motivaram a decisão.
- Consórcio priorizou a saúde e o desempenho dos atletas da região.
- Nova edição da Copa CIMBAJU está sendo planejada com mais inclusão.
- Modalidades federadas e não federadas terão torneios alternativos no segundo semestre.
A decisão de abandonar os Jogos Regionais de 2025 não partiu de uma única cidade, mas de um consórcio inteiro. As prefeituras que compõem o CIMBAJU — entre elas Franco da Rocha, Francisco Morato, Mairiporã e Cajamar — resolveram, em conjunto, não participar do evento estadual, previsto para os próximos meses. A única exceção será Caieiras, que ainda terá atletas inscritos em algumas modalidades específicas.
O motivo central da desistência foi logístico: a cidade-sede deste ano informou que não disponibilizará alojamento para as delegações. Isso implicaria em longas viagens diárias entre os municípios e o local das provas. Com compromissos esportivos intensos e pouco tempo para descanso, a estrutura deficiente geraria um impacto direto na performance dos atletas — e, sobretudo, em sua saúde física e mental.
A Câmara Técnica de Esportes do CIMBAJU, responsável pela análise técnica e operacional da participação nos jogos, emitiu uma nota oficial destacando o compromisso do consórcio com o bem-estar de seus representantes. “Nosso compromisso é com a saúde, o bem-estar e o desempenho dos atletas. Diante dessas condições, optamos por não expô-los a riscos desnecessários”, destacou o comunicado.
Ainda que a decisão represente uma baixa importante nos Jogos Regionais, os atletas das cidades envolvidas não ficarão parados. Boa parte das equipes já disputa circuitos das respectivas federações esportivas. Além disso, modalidades não federadas terão novas competições no segundo semestre, já com calendários em fase de organização.
O consórcio também anunciou que prepara uma nova edição da Copa CIMBAJU. O torneio, que será reformulado, deve incluir novas categorias e ampliar o número de modalidades. A proposta visa não apenas substituir a lacuna dos Jogos Regionais, mas também reforçar o espírito esportivo em escala regional, priorizando a inclusão e a participação comunitária.
A medida adotada pelas cidades do CIMBAJU também levanta uma discussão mais ampla sobre as condições oferecidas pelos organizadores dos Jogos Regionais. Eventos com essa dimensão, segundo os gestores, precisam garantir estrutura básica como alojamento, alimentação e logística de transporte. A ausência desses elementos compromete não apenas o rendimento dos participantes, mas também a essência do evento: a valorização do esporte.
Caieiras, que seguirá participando parcialmente da competição, informou que sua decisão foi pautada na capacidade de garantir suporte próprio a suas delegações. Ainda assim, o município reafirmou solidariedade à decisão coletiva e seguirá envolvido no planejamento de ações conjuntas do consórcio ao longo de 2025.
Nos bastidores, o episódio é visto como um sinal de alerta para futuras edições dos Jogos Regionais. A ausência de um consórcio inteiro como o CIMBAJU — com milhares de atletas em potencial — acende a necessidade de repensar formatos, condições e a própria responsabilidade dos organizadores estaduais.
Sem alarde e com decisão fundamentada, o consórcio transformou uma impossibilidade logística em um reposicionamento estratégico. A expectativa, agora, recai sobre a nova Copa CIMBAJU, que promete unir atletas, escolas, projetos sociais e centros esportivos sob o mesmo objetivo: competir com dignidade e em condições adequadas.
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