Deputado Kiko Celeguim é membro na CPI da Manipulação de Resultados de Jogos e Apostas no Brasil
O deputado foi selecionado para assumir responsabilidade como um dos membros da CPI da Manipulação de Jogos promovida pela Federação Brasil da Esperança, a qual conta com a participação do PT.
Nesta quinta-feira (18), o deputado Kiko Celeguim, do PT, foi designado como membro titular da CPI da Manipulação de Resultados de Jogos e Apostas no Brasil, promovida pela Federação Brasil da Esperança, da qual o partido faz parte. A comissão foi instalada na Câmara dos Deputados com o objetivo de investigar minuciosamente a manipulação de resultados em jogos de futebol.
“Fui escolhido para assumir uma nova tarefa aqui na Camara dos Deputados, sendo membro titular da CPI da Manipulação de Resultados de Jogos e Apostas no Brasil pela Federação Brasil da Esperança, da qual o PT faz parte”, comenta o parlamentar em sua rede social.
A iniciativa da CPI surgiu a partir de uma investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás, que revelou o envolvimento de apostadores no aliciamento de jogadores para receber punições durante partidas do Campeonato Brasileiro de 2022 e alguns campeonatos estaduais de 2023. Essas práticas ilícitas comprometem a integridade dos resultados esportivos, especialmente no âmbito do futebol, e são conduzidas por grupos que buscam vantagens pessoais ao manipular os jogos.
Com um total de 34 parlamentares, o colegiado deu início às suas atividades na última quarta-feira (17) e terá um prazo inicial de 120 dias, que poderá ser estendido por mais 60 dias, para investigar alegados esquemas de fraude no Campeonato Brasileiro e em competições estaduais.
“Essa CPI tem como objetivo investigar a fundo as práticas ilícitas que têm afetado a integridade dos resultados de partidas no país, sobretudo nos campeonatos de futebol, onde, ilegalmente, grupos têm manipulado resultados em benefício próprio”, segue Kiko Celeguim em sua postagem.
O deputado Júlio Arcoverde, do PP-PI, foi escolhido como presidente da CPI, enquanto André Figueiredo, do PDT-CE, e Daniel Agrobom, do PL-GO, assumirão os cargos de primeiro e segundo vice-presidentes, respectivamente. A função de relator ficará a cargo do deputado Felipe Carreras, do PSB-PE.
“Aproveito também para desejar boa sorte aos colegas parlamentares que estarão nessa jornada, em especial ao nosso líder Zeca Dirceu pela confiança. Estou preparado para enfrentar essa missão com seriedade, imparcialidade e compromisso com o interesse público!”, finaliza o representante.
Como desdobramento das investigações em andamento, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já suspendeu oito jogadores suspeitos de envolvimento nesse esquema de manipulação de resultados. A CPI buscará aprofundar as investigações, identificar os responsáveis por essas práticas ilícitas e propor medidas efetivas para coibir e combater a manipulação no cenário do futebol brasileiro, visando preservar a integridade e a ética esportiva. A expectativa é que a comissão possa contribuir para a transparência e a confiança no universo esportivo do país.
Operação Penalidade Máxima
A Operação Penalidade Máxima foi desencadeada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no segundo semestre de 2022, após receber evidências de um esquema de manipulação de resultados no futebol. A investigação teve início a partir das informações fornecidas por Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova, que revelou a existência de uma organização criminosa especializada em corromper jogadores profissionais.
O objetivo dos apostadores envolvidos nesse esquema era garantir a ocorrência de eventos específicos durante as partidas, para poderem realizar apostas e obter lucro em sites de jogos e apostas. Os eventos mais frequentemente manipulados incluíam o recebimento de cartões amarelos, além de apostas relacionadas a escanteios, expulsões, pênaltis e resultados do primeiro tempo.
A investigação citou mais de 60 jogadores que, de alguma forma, estiveram envolvidos nesse esquema. Segundo o MPGO, as apostas eram realizadas em plataformas como Bet365 e Betano, que são consideradas vítimas nesse caso.
A operação encontra-se em sua segunda fase, com 15 jogadores sendo réus perante a Justiça de Goiás. Outros quatro jogadores fizeram acordos de colaboração e agora atuam como testemunhas. Além dos jogadores, oito pessoas foram denunciadas, sendo parte desse grupo de apostadores, financiadores e aliciadores.
O empresário Bruno Lopez é apontado como líder da organização criminosa. O deputado Felipe Carreras (PSB-PE) ressaltou a gravidade dos fatos relacionados às suspeitas de manipulação de resultados no futebol profissional brasileiro ao solicitar a criação da CPI.
A CPI da Manipulação de Resultados de Jogos e Apostas no Brasil conta com um total de 34 parlamentares, sendo 28 titulares e 10 suplentes. A lista de membros inclui representantes de diferentes partidos, como PT, PV, PSB, PDT, Republicados, Solidariedade, PL, PSDB, MDB, PP, União, PSD, Avante e Patriota. Eles serão responsáveis por investigar os possíveis esquemas de fraude no Campeonato Brasileiro e em competições estaduais.
A CPI terá um prazo inicial de 120 dias, que poderá ser prorrogado por mais 60 dias, para conduzir as investigações e apurar os responsáveis por essas práticas ilícitas. O objetivo é combater a manipulação de resultados e preservar a integridade e a ética no futebol brasileiro.