Franco da Rocha: Droga é enviada por mãe de preso em embalagens de fumo
A manhã de segunda-feira, 26 de maio de 2025, começou como tantas outras na Penitenciária III José Aparecido Ribeiro, em Franco da Rocha, até que a rotina de inspeção revelou um episódio que mobilizou a segurança interna. Policiais penais, atentos aos protocolos de revista, interceptaram um pacote suspeito enviado por correspondência ao presídio.
Pontos Principais:
- Policiais penais interceptaram pacote com droga na Penitenciária III de Franco da Rocha.
- Droga estava camuflada em 12 embalagens de fumo Arapiraca enviadas por correio.
- Foram apreendidas 25 gramas de substância semelhante à maconha.
- Remetente era a mãe de um detento, que responderá a procedimento disciplinar.
- Ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil para investigação criminal.
No interior da encomenda, que tinha como remetente a mãe de um dos internos, os agentes encontraram 12 embalagens de fumo do tipo Arapiraca. O detalhe que transformou o pacote em caso de polícia estava no conteúdo: camufladas entre as folhas de tabaco, havia porções de substância semelhante à maconha, totalizando 25 gramas.
A descoberta não foi obra do acaso. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) mantém procedimentos rigorosos de vistoria, justamente para conter o ingresso de drogas e outros ilícitos nas unidades prisionais do Estado. No caso de Franco da Rocha, a experiência dos policiais penais foi determinante para identificar a adulteração.
O método utilizado – esconder entorpecentes em produtos aparentemente inofensivos – é conhecido das autoridades, mas ainda encontra adeptos entre quem tenta fazer chegar drogas a detentos. O fumo, por ter cor e textura que podem mascarar outras substâncias, é um dos itens que exigem mais atenção durante as revistas.
A SAP confirmou que o flagrante foi comunicado imediatamente à Polícia Civil. A ocorrência foi registrada no Distrito Policial de Franco da Rocha, onde serão apuradas as responsabilidades criminais pelo envio do entorpecente.
Dentro da unidade prisional, a descoberta gerou a abertura de um procedimento disciplinar contra o preso que receberia o material. A medida é padrão e pode resultar em sanções internas, como a restrição de benefícios previstos no regulamento penitenciário.
O episódio reforça o desafio cotidiano enfrentado pelos agentes penitenciários. Além da vigilância nas visitas presenciais, é necessário monitorar de forma criteriosa as encomendas recebidas por correio, muitas vezes enviadas por familiares que recorrem a métodos ilícitos para atender pedidos dos reclusos.
Em nota, a SAP destacou que investe em treinamento contínuo para seu efetivo, ampliando a capacidade de identificar tentativas de entrada de drogas e armas. A pasta reforçou ainda que qualquer ilícito encontrado nas unidades resulta em encaminhamento à autoridade policial e na aplicação de medidas administrativas cabíveis.
A Penitenciária III José Aparecido Ribeiro, onde ocorreu a apreensão, é uma das unidades de segurança média do Estado, abrigando detentos condenados em regime fechado. Casos como o registrado nesta semana mostram que, apesar das restrições e do controle, a criatividade de quem busca burlar o sistema exige vigilância constante.
A investigação agora buscará apurar se o envio foi uma ação isolada da mãe do preso ou se faz parte de um esquema mais amplo para abastecer a unidade com entorpecentes. Enquanto isso, o detento permanece sob custódia, respondendo ao processo disciplinar e à investigação criminal.
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