MG retorna ao Brasil com MG4, S5 e Cyberster elétricos
O destaque mais chamativo da ofensiva é o MG Cyberster, um roadster esportivo com capota retrátil, visual marcante e alma de carro-conceito. Com motor de 510 cavalos, tração integral e bateria de 77 kWh, o modelo entrega 342 km de autonomia e desempenho de tirar o fôlego. É um conversível elétrico raro por aqui, pensado para um público de nicho, mas com apelo suficiente para posicionar a marca como inovadora e sofisticada.
Ao mesmo tempo, o MG S5 assume o papel mais estratégico: um SUV médio com duas versões homologadas (COM e LUX), dimensões generosas (4,48 m de comprimento) e bateria de 62 kWh. Com autonomia de até 351 km e eficiência urbana de 43 km/l elétrico, o modelo entra em rota de colisão com concorrentes como o Geely EX5, mirando consumidores que priorizam versatilidade e economia no dia a dia.
Para a base da pirâmide elétrica, o MG4 será o modelo de entrada — embora longe de ser modesto. O hatch chega com duas configurações: uma com tração traseira, 203 cv e autonomia de 364 km; outra com tração integral, 435 cv e 279 km de autonomia, possivelmente a versão XPower. Com 2,70 m de entre-eixos e porta-malas de 363 litros, ele mira em rivais como o BYD Dolphin Plus, mas aposta em mais potência e design esportivo.
Todos os dados técnicos foram confirmados por meio da homologação no Inmetro, o que reforça o compromisso da marca com a transparência e confiabilidade. A inclusão dos modelos na tabela 2025 do PBEV permite comparar sua eficiência com outros modelos elétricos e aponta para um posicionamento competitivo e alinhado com as diretrizes ambientais brasileiras.
O retorno da MG também representa uma tentativa de apagar o histórico mal-sucedido vivido entre 2011 e 2013, quando a marca operava por meio de um grupo importador. Agora, com a infraestrutura da SAIC e uma operação robusta, o cenário promete ser mais favorável, especialmente com o crescimento constante do segmento de elétricos no Brasil.
O lançamento deve ocorrer em etapas, com o MG S5 sendo o primeiro a desembarcar nas concessionárias. A escolha não é por acaso: os SUVs médios lideram o interesse dos consumidores brasileiros, e a marca aposta que iniciar por esse nicho trará maior tração comercial e visibilidade.
O MG4, com proposta mais urbana e jovem, deve ganhar terreno logo em seguida, aproveitando a popularização dos elétricos compactos e a busca por modelos com bom custo-benefício. Já o Cyberster, embora mais exclusivo, tem função clara de servir como vitrine tecnológica e chamar atenção da mídia especializada e do público apaixonado por performance.
A retomada da MG ao Brasil, agora com três elétricos homologados e rede própria em formação, sinaliza uma movimentação internacional sólida e planejada. A marca não apenas aposta no futuro da mobilidade elétrica, como assume um discurso globalizado e técnico, com foco em eficiência, conectividade e diferenciação.
Fonte: QuatroRodas e UOL.