STJ inocenta médico Renato Kalil de acusações feitas pela influencer Shantal Verdelho
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu encerrar as investigações contra o médico Renato Kalil, acusado pela influencer Shantal Verdelho de violência obstétrica e lesão corporal durante o parto de sua segunda filha. A decisão, tomada na última terça-feira (27), considerou que não houve violação dos princípios éticos por parte do profissional, nem desrespeito à vontade da paciente.
Nas redes sociais, Shantal comentou a decisão do STJ, afirmando que, embora o tribunal tenha inocentado Kalil, seu relato e a exposição do caso foram fundamentais para pautar a sociedade sobre a violência obstétrica. A influencer destacou que, antes de sua denúncia, o tema não era amplamente discutido no Brasil, mas que, desde então, muitas mulheres passaram a se informar melhor e a procurar apoio para garantir um parto mais seguro e respeitoso.
Shantal afirmou que, apesar do resultado desfavorável à sua acusação, sente que cumpriu uma missão importante ao trazer o tema à tona. Em um vídeo postado em suas redes sociais, ela expressou gratidão pelo apoio recebido de sua família, amigos e seguidores, e ressaltou que acredita que a experiência a fez crescer pessoal e espiritualmente.
O caso envolvendo Shantal e Renato Kalil ganhou grande repercussão na mídia desde que a influencer fez as primeiras denúncias em dezembro de 2021. Apesar das acusações iniciais, a Justiça, após avaliar os elementos apresentados, entendeu que não havia indícios suficientes para comprovar a ocorrência de violência psicológica, embora alguns detalhes apontassem a possibilidade de lesão corporal.
Renato Kalil, em sua defesa, admitiu ter usado palavras inadequadas durante o parto, mas negou veementemente ter cometido violência obstétrica. Segundo ele, as falas foram motivadas pelo desejo de incentivar Shantal durante um parto difícil, sem qualquer intenção de causar dano. A defesa do médico sustentou que, em todo o restante do procedimento, ele atuou dentro dos padrões éticos e profissionais.
A decisão do STJ, que seguiu o voto do ministro Joel Ilan Paciornik, reafirmou que os elementos da investigação não demonstraram que Kalil tenha se afastado da boa prática médica ou violado os princípios éticos. O voto do ministro foi acompanhado pela maioria dos magistrados, resultando na absolvição do médico.
Fonte: G1.