Volkswagen revela bastidores completos dos testes de segurança do Volkswagen Tera 2026
A Volkswagen abriu áreas restritas de seu centro de segurança para mostrar, de forma inédita, como desenvolve sistemas de proteção para seus novos modelos. A visita permitiu acompanhar ensaios com o Tera, SUV que vem concentrando atenção dentro da própria marca por unir estrutura reforçada, eletrônica embarcada e processos que envolvem robótica e simulações de impacto em diferentes níveis. A apresentação revelou um conjunto de validações técnicas que não costuma ser exibido ao público e que ajuda a explicar a nota máxima do modelo nos testes independentes.

Os trabalhos começaram com a avaliação dos sistemas de frenagem automática, recurso que depende de sensores, algoritmos e repetibilidade absoluta. Por esse motivo, veículos como Tera e Amarok são conduzidos por robôs durante as provas, garantindo precisão em cada tentativa. Em uma das demonstrações, a Amarok transportava um reboque que simulava um carro parado. O Tera se aproximou em velocidade, reconheceu o obstáculo e acionou sozinho o freio de emergência, evitando a colisão. Esse tipo de validação é usado para medir a confiabilidade do sistema e ajustar os parâmetros que determinam a reação do veículo.
Em outra área, a engenharia mostrou o laboratório dedicado a simulações de atropelamento. Os técnicos reproduziram o impacto de uma criança de três anos contra o capô a cerca de quarenta quilômetros por hora. A peça é projetada com zonas deformáveis que absorvem energia, reduzindo danos físicos no caso de um acidente real. O capô amassado após o teste funciona como um colchão programado para se deformar de maneira controlada, protegendo a cabeça e a parte superior do corpo do pedestre no momento do choque.

A equipe também apresentou o processo de calibração virtual dos assistentes de faixa, etapa que replica condições de rodagem difíceis de reproduzir continuamente em estradas. Em um simulador que inclui chuva e variações de luminosidade, é possível validar parâmetros em dois dias, enquanto o mesmo trabalho em pista física pode levar até três semanas. O método acelera o desenvolvimento de tecnologias de condução, reduz custos e permite ajustes mais precisos nos sensores responsáveis por manter o veículo centralizado nas faixas.
Segundo o Carro.Blog.br, antes do crash test completo, a marca exibe um pré-teste que aciona airbags por meio de um pistão para avaliar bancos, cintos, ancoragens e a estrutura interna em impactos equivalentes a sessenta e quatro quilômetros por hora. É nessa fase que se confirma a integridade dos pontos de fixação e o comportamento dos airbags diante de diferentes disposições de ocupantes, garantindo que o sistema esteja pronto para o teste final. O procedimento fornece dados sobre deformação, deslocamento interno e eventuais pontos de reforço antes da colisão real.
No impacto principal, o Tera teve sua carroceria analisada previamente, com destaque para a distribuição de aços de variadas resistências que controlam a deformação durante acidentes. Os dummies adulto e infantil foram posicionados com cadeirinhas ISOFIX e sensores espalhados pelo corpo. As rodas receberam marcações específicas para leitura fotográfica. A colisão foi realizada a sessenta e quatro quilômetros por hora, com impacto frontal deslocado para o lado esquerdo. Após o choque, a dianteira mostrou grande deformação, recuo de suspensão e destruição dos componentes frontais, exatamente como previsto pelos cálculos estruturais.

Apesar da intensidade, a coluna A manteve integridade, comprovando a absorção planejada de energia. Os airbags frontais, laterais e de cortina foram acionados, e o painel se deformou de forma programada para evitar ferimentos nos joelhos do motorista. A porta do condutor não abriu totalmente por causa do paralama deformado, comportamento esperado quando a estrutura absorve o impacto e evita distorções maiores na cabine. Os resultados reforçam o conceito de segurança passiva aplicado no projeto do SUV.
A demonstração terminou com a confirmação de que todos os procedimentos fazem parte do protocolo de homologação de novos modelos. O conjunto de testes, que inclui frenagem autônoma, simulações de atropelamento, calibrações eletrônicas e impacto controlado, sustenta a nota máxima do Tera nos ensaios do Latin NCAP. A engenharia destaca que cada etapa é desenvolvida para avaliar como o veículo protege seus ocupantes e pedestres em cenários variados, da prevenção à mitigação de danos após uma colisão severa.
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