Prisão à vista: Eduardo Bolsonaro desafia STF e acende alerta de coação internacional com apoio a Trump
A articulação política conduzida por Eduardo Bolsonaro e o youtuber Paulo Figueiredo está no centro de uma nova crise institucional que pode levar à prisão do deputado federal e aprofundar o cerco jurídico contra seu pai, Jair Bolsonaro. A dupla tem intensificado ações internacionais que, segundo autoridades brasileiras, configuram tentativa de coação no curso de investigações. O caso já mobiliza investigadores, que avaliam solicitar a prisão de Eduardo caso ele retorne ao território nacional.
Pontos Principais:
- Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo lideram articulação internacional contra o STF.
- Deputado afirmou que tarifa de Trump sobre o Brasil foi “resposta legítima”.
- Investigadores alegam já ter provas suficientes para indiciamento por coação.
- Prisão de Eduardo pode ser solicitada se ele pisar no Brasil.
- Governo Lula articula defesa de Moraes em tribunais e organismos internacionais.
- PL expulsou deputado que elogiou Moraes e criticou Trump, por pressão da bancada.
- Ofensiva bolsonarista agrava o cenário diplomático e jurídico para Jair Bolsonaro.
O movimento ganhou impulso com a recente taxação de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros. Em nota divulgada na quarta-feira (30), Eduardo afirmou que a tarifa é uma “resposta legítima” – declaração que foi lida nos bastidores como uma provocação política com efeito direto sobre as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. A fala teria ainda reforçado a percepção de que há um plano organizado para pressionar autoridades brasileiras.
Fontes do núcleo de investigação afirmam ter “material robusto” que comprovaria a atuação coordenada para atacar o Supremo Tribunal Federal e outros órgãos públicos. Essa ofensiva, nas palavras de uma autoridade ouvida sob reserva, visa deslegitimar decisões judiciais e intimidar os responsáveis pelos processos que envolvem Jair Bolsonaro. A acusação mais grave é a tentativa de obstruir investigações por meio de pressão externa e mobilização internacional.
Eduardo Bolsonaro não sinalizou qualquer intenção de recuar. Pelo contrário: interlocutores do bolsonarismo indicam que ele seguirá na linha de confronto direto, enviando recados a ministros do STF e à Polícia Federal. O clima é de radicalização, com estratégias voltadas à repercussão internacional e à criação de uma atmosfera de perseguição política, o que pode dificultar a cooperação jurídica entre países.
No Congresso Nacional, o gesto acendeu um sinal de alerta. Deputados do PL pressionaram a sigla a expulsar um parlamentar que elogiou Alexandre de Moraes, movimento que expôs a divisão interna do partido. Nos bastidores, há quem diga que Eduardo e Jair Bolsonaro atuam como catalisadores de uma nova crise institucional, num momento em que o ex-presidente já enfrenta múltiplas frentes jurídicas.
A defesa de Alexandre de Moraes tem sido tratada como prioridade dentro do governo Lula. O Palácio do Planalto já articula ações em tribunais internacionais e organismos multilaterais, numa tentativa de conter o impacto da ofensiva bolsonarista e reforçar a imagem do STF diante da comunidade internacional. A ideia é transformar a defesa do Judiciário em um tema de Estado, para além das disputas internas.
Enquanto isso, as redes sociais seguem sendo o principal palco dessa disputa. Nos últimos dias, Eduardo intensificou postagens críticas contra o STF, especificamente contra Moraes, o que levou o ministro a afirmar publicamente que o deputado intensificou “condutas ilícitas”. A reincidência dessas ações pode ser usada como argumento para reforçar um pedido formal de prisão preventiva.
O nome de Jair Bolsonaro também está no radar dos investigadores. Caso fique comprovado que o ex-presidente participou ou incentivou essas ações, ele poderá ser acusado de coautoria na tentativa de obstrução da Justiça. A situação jurídica de Bolsonaro, que já era frágil antes da crise atual, se tornou ainda mais delicada diante da possibilidade de envolvimento direto em pressões contra autoridades.
No campo diplomático, o episódio alimenta uma tensão crescente entre Brasília e Washington. A adesão entusiástica de Eduardo Bolsonaro às sanções comerciais de Trump, mesmo com potencial prejuízo ao Brasil, compromete a posição do país em negociações futuras. O gesto foi visto por diplomatas como uma ação ideológica que desconsidera os interesses econômicos nacionais.
Com o agravamento do cenário, especialistas ouvidos por Andréia Sadi avaliam que a crise ultrapassou o limite da retórica política. Agora, há indícios concretos de interferência em investigações em curso e de tentativa de manipular o ambiente institucional com apoio de atores internacionais. O desfecho pode selar a queda de braço entre o Judiciário e o clã Bolsonaro — com repercussões imprevisíveis para a democracia brasileira.
Com informações de g1.
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