Município de Jundiaí desafia tendência e mantém força do comércio físico em era digital no interior paulista
No interior paulista, Jundiaí tem se destacado por preservar a relevância do comércio físico, mesmo diante da consolidação das compras por aplicativo em todo o Estado. O dado vem da nova edição do levantamento Seade SP TIC, realizado por meio de URA (Unidade de Resposta Audível), que mapeou o comportamento de consumo e revelou nuances que contrastam com a média estadual.
Pontos Principais:
- Jundiaí mantém equilíbrio entre consumo digital e físico, com 48% de adesão a apps.
- Pesquisa Seade SP TIC mostra que a cidade está entre as menos dependentes do online.
- ACE atribui preferência ao atendimento personalizado e confiança nos lojistas locais.
- Entidade investe em cursos e capacitações para qualificar e atualizar comerciantes.
- Digitalização é vista como caminho irreversível, exigindo integração de canais.
Enquanto 50% dos paulistas afirmam utilizar aplicativos para comprar produtos ou contratar serviços, em Jundiaí esse percentual é levemente menor, 48%. A diferença, embora aparentemente pequena, posiciona o município entre os menos aderentes ao consumo exclusivamente digital no interior, evidenciando que a experiência presencial ainda exerce influência significativa.
Segundo a presidente da Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí, a permanência do comércio físico como opção de destaque se deve à confiança consolidada nos estabelecimentos locais e ao valor que os consumidores atribuem ao atendimento personalizado. Ela lembra que, mesmo no auge da pandemia, pesquisas internas já apontavam essa preferência.
Durante o período de isolamento, as lojas com presença online tiveram desempenho acima da média, mas não a ponto de suplantar a força da interação física. Esse cenário fez a ACE investir em iniciativas contínuas para fortalecer o setor, como cursos e capacitações voltadas a atualizar e qualificar lojistas, capacitando-os a criar experiências de compra mais positivas.
As ações da entidade se estendem a diferentes segmentos, do pequeno comércio ao varejo de maior porte, com foco em práticas que incentivem a fidelização do cliente. A estratégia passa por reforçar a identidade local e ao mesmo tempo preparar os empresários para atender consumidores mais exigentes, que transitam entre o físico e o digital.
Leandra, dirigente da ACE, ressalta que a digitalização é um processo irreversível e que mesmo os empreendedores de menor porte precisam estar preparados. A recomendação é integrar canais físicos e online para oferecer ao cliente liberdade de escolha quanto à forma de compra.
A mudança no comportamento do consumidor, acelerada pela pandemia, trouxe consigo o hábito da compra por conveniência, mas também consolidou o desejo por experiências sensoriais e humanas. Em Jundiaí, essa dualidade é mais evidente, refletindo um público que aprecia tanto a agilidade da entrega quanto o contato direto com o produto e o vendedor.
O estudo do Seade indica que a adoção de aplicativos é um movimento consistente no Estado, mas que sua velocidade de expansão pode variar conforme fatores culturais, econômicos e de relacionamento com o comércio. No caso de Jundiaí, há um tecido social e empresarial que valoriza vínculos pessoais, o que impacta diretamente nas escolhas de consumo.
Especialistas em varejo apontam que o desafio atual não é optar por um modelo ou outro, mas encontrar formas de integração que potencializem a experiência do consumidor. Nesse sentido, a ACE atua como ponte entre tradição e inovação, reforçando que a adaptação tecnológica é indispensável para que o comércio mantenha competitividade.
Os dados completos da pesquisa, com recortes regionais e análises adicionais, podem ser consultados no portal da Agência SP, oferecendo um panorama detalhado sobre como diferentes cidades paulistas estão equilibrando os canais de venda e o relacionamento com seus consumidores.
Fonte: agenciasp
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