Brasiléia Desvairada: Mocidade Alegre é a campeã do carnaval de São Paulo de 2024
Na noite desta terça-feira (13), a cidade de São Paulo celebrou o desfecho do Carnaval com a consagração da Mocidade Alegre como bicampeã do Grupo Especial. A escola de samba, sediada no bairro do Limão, Zona Norte da metrópole, encantou o público com seu enredo “Brasiléia Desvairada – A busca de Mário de Andrade por um país”.
Com uma jornada que levou os espectadores pelos caminhos percorridos pelo renomado escritor modernista Mário de Andrade em sua incansável busca pela essência do Brasil, a Mocidade Alegre cativou não apenas os jurados, mas também os corações dos foliões. Ao todo, a agremiação acumula agora 12 títulos, solidificando seu lugar como uma das grandes potências do Carnaval paulistano.
Destaque para a ala das baianas, cujas fantasias meticulosamente elaboradas simularam a textura da pedra-sabão, inspiradas nas obras do escultor barroco Aleijadinho, de Minas Gerais. A atenção aos detalhes e o esforço dedicado para recriar essa estética impressionaram, comprovando o comprometimento da Mocidade Alegre com a excelência artística.
Com essa vitória, a escola escreve mais um capítulo glorioso em sua história, deixando uma marca indelével no Carnaval de São Paulo e demonstrando, mais uma vez, sua capacidade de surpreender e encantar o público. Parabéns à Mocidade Alegre por essa conquista memorável!
Brasiléia Desvairada
Ê Pirapora
Parnaíba que vai bem
Pirapora vale um conto
Parnaíba um conto e cem
Parnaíba um conto e cem
Parnaíba um conto e cem
O tambor me chamou, pra firmar no terreiro
Em cada verso, sentimento verdadeiro
Bordei um país de felicidade
Na voz da minha Mocidade
Sou dessa terra
Filho da garoa fina
Onde a dura poesia, me fez arlequim
Retalho de um delírio insano
Sagrado e profano, por tantos Brasis
Trilhando caminhos de crença e paz
Dourado é teu chão, oh Minas Gerais!
Eu vi no traço genial
A arte barroca, um dom divinal
Jangadeiro, ê, no banzeiro
No balanço navego teu rio-mar
Pra conhecer o teu sabor Marajó
Tem batuque na gira do Carimbó
Baque virado, marimba na congada
Noite enluarada, no Maracatu da Casa Real
Fechei o corpo no catimbó
No frevo, saudade só
Me embriaguei de carnaval
Oh, Brasiléia Desvairada
Onde a poesia fez Morada
De cada lembrança, escrevo a história
Batizada no samba de Pirapora
O tambor me chamou, pra firmar no terreiro
Em cada verso, sentimento verdadeiro
Bordei um país de felicidade
Na voz da minha Mocidade
*Com informações da AgênciaBrasil e G1. Fotos por Paulo Pinto/Agência Brasil.