Justiça Penhora Bens de Luxo de Fundador da Polishop por Dívida de Aluguel
Empresário João Appolinário, dono da Polishop e apresentador do Shark Tank Brasil, tem lanchas e moto de luxo penhoradas por dívida de aluguel de loja em shopping de São Paulo. Por Bia Ludymila (MTB 0081969/SP).
A Justiça paulista determinou a penhora de duas lanchas e uma moto Harley-Davidson, entre outros bens do empresário. A medida é resultado de uma ação movida pela Marfim Empreendimentos Imobiliários, que cobra uma dívida de R$ 351,7 mil referente ao aluguel de uma loja no shopping Tietê Plaza, em São Paulo. Appolinário, que também é conhecido por sua participação como investidor no programa “Shark Tank Brasil“, enfrenta desafios financeiros significativos com a Polishop, que recentemente entrou em recuperação judicial.
Contexto da dívida e penhora
A Marfim Empreendimentos Imobiliários entrou na Justiça para cobrar uma dívida de R$ 351,7 mil referente ao aluguel de uma loja de 356 metros quadrados no shopping Tietê Plaza. Como resultado, a Justiça determinou a penhora de bens de luxo do empreendedor, incluindo duas lanchas e uma moto Harley-Davidson. A decisão de penhorar os bens foi tomada antes de a Polishop entrar em recuperação judicial.
Participação no Shark Tank Brasil
João Appolinário fundou a Polishop em 1995 e é um dos apresentadores do programa “Shark Tank Brasil“, onde empreendedores apresentam suas ideias para um grupo de investidores. Apesar de sua visibilidade e sucesso no programa, a Polishop enfrenta uma crise financeira que resultou em um pedido de recuperação judicial devido a dívidas estimadas em R$ 352 milhões.
Recuperação judicial da Polishop
A recuperação judicial é um mecanismo pelo qual a Justiça suspende ações de cobrança de uma empresa endividada e concede um prazo para que apresente um plano de pagamento, que precisa ser aprovado pelos credores. A Polishop atribui sua crise ao impacto da pandemia de coronavírus e à alta dos juros, que encareceu o crédito. A empresa busca reestruturar suas finanças e evitar a falência.
Tentativas de reversão da penhora
O emopresário tentou reverter a penhora de seus bens pessoais, argumentando que suas lojas iriam entrar em recuperação judicial e que havia obtido uma medida judicial antecipatória que suspendia as ações de cobrança em curso. Seus advogados afirmaram que a suspensão das execuções deveria abranger também o empresário, mas o juiz Anderson Mendes, da 9ª Vara Cível do Foro de Santo Amaro, rejeitou a alegação, afirmando que a suspensão não se aplica ao sócio da empresa, que é fiador do contrato.
Impacto da decisão
O juiz determinou que Appolinário informe o endereço onde os bens estão guardados para que um perito possa avaliá-los. A manutenção da penhora demonstra a rigidez da Justiça em relação a dívidas comerciais e a responsabilidade dos sócios garantidores de contratos. Appolinário ainda pode recorrer da decisão, mas a situação ilustra os desafios enfrentados por empresários em crises financeiras.
A decisão de penhorar os bens de luxo de João Appolinário por dívida de aluguel revela a gravidade da crise enfrentada pela Polishop. A recuperação judicial da empresa é um esforço para reestruturar suas finanças e evitar a falência, mas a penhora dos bens pessoais do fundador destaca a responsabilidade legal dos sócios em garantias contratuais. A situação de Appolinário serve como um alerta sobre os riscos financeiros e as consequências jurídicas para empresários em momentos de crise.
*Com informações de Uol.