Jaguatirica atropelada em Mairiporã morre após resgate; caso expõe riscos à fauna da Serra da Cantareira
Jaguatirica morre após atropelamento em Mairiporã. Atropelamento de jaguatirica alerta para riscos na Cantareira.

Na madrugada de quarta-feira (30), um acidente envolvendo a fauna silvestre mobilizou autoridades ambientais e equipes de emergência em Mairiporã. Uma jaguatirica adulta (Leopardus pardalis), espécie nativa das matas brasileiras, foi vítima de atropelamento em uma das principais vias da cidade, nas imediações do Condomínio Parque Imperial, região que integra a Serra da Cantareira.
Pontos Principais:
- Jaguatirica foi atropelada na madrugada em área da Serra da Cantareira.
- Animal foi socorrido por bombeiros e levado ao Instituto Habitá.
- Veterinários constataram ferimentos graves e o animal não resistiu.
- Caso destaca riscos à fauna e importância da direção consciente.
O Corpo de Bombeiros da base local foi acionado e chegou rapidamente ao local. Com o apoio da equipe de Manejo de Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o animal foi encaminhado ao centro de atendimento do Projeto Habitá – Instituto Tatiana Siaulys, referência no resgate e reabilitação de animais silvestres. O resgate foi tratado com máxima prioridade, dada a gravidade visível dos ferimentos.
Segundo informações da veterinária Caroline Machado, responsável técnica pelo instituto, a jaguatirica apresentava estado crítico. A fêmea chegou ao centro com exposição de órgãos, ruptura intestinal, sinais de hipotermia e outras lesões graves. Mesmo diante de todos os protocolos de emergência, o quadro se manteve irreversível, levando o animal a óbito pouco após o atendimento inicial.
O caso gerou repercussão entre ambientalistas e técnicos que atuam na proteção da biodiversidade local. A Serra da Cantareira abriga uma das últimas faixas contínuas de Mata Atlântica na região metropolitana de São Paulo, funcionando como corredor ecológico de espécies ameaçadas. Acidentes como esse revelam a vulnerabilidade da fauna frente à expansão urbana e à circulação de veículos em áreas ecologicamente sensíveis.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que tem investido em ações de monitoramento e sinalização em regiões de maior risco, reforça a necessidade de conscientização da população. A colaboração dos motoristas é fundamental para evitar novas ocorrências, principalmente em horários de menor visibilidade e trechos próximos à mata nativa.
A fatalidade envolvendo a jaguatirica destaca, mais uma vez, a urgência na integração entre desenvolvimento urbano e preservação ambiental. A existência de espécies como o Leopardus pardalis nas proximidades urbanas não é exceção, mas reflexo de um ecossistema resiliente que ainda resiste, apesar das pressões humanas constantes.
Fonte: Prefeitura de Mairiporã.
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