Flamengo dá rasteira no Cruzeiro e impede goleiro Matheus Cunha de sair antes de dezembro
O Flamengo decidiu manter o goleiro Matheus Cunha em seu elenco até o fim do contrato vigente, que termina em dezembro de 2025. A decisão frustrou os planos do Cruzeiro, que já havia assinado um pré-contrato com o atleta e contava com a chegada imediata para reforçar o elenco no segundo semestre. O clube carioca, no entanto, alegou dificuldade em encontrar reposição e preferiu preservar sua estrutura atual.
Pontos Principais:
- Flamengo decidiu manter Matheus Cunha até dezembro de 2025, apesar de pré-contrato com o Cruzeiro.
- Clube carioca justificou veto com a falta de reposição imediata para a posição de goleiro.
- Cruzeiro esperava apresentação nesta janela e terá que esperar até janeiro de 2026.
- Decisão altera hierarquia interna do elenco celeste e frustra planejamento técnico.
- Goleiro soma 54 jogos, 30 sem sofrer gols e 80% de aproveitamento nas defesas pelo Flamengo.
A expectativa era que Cunha fosse apresentado à imprensa de Belo Horizonte ainda nesta janela de transferências, mas os planos ruíram quando a diretoria rubro-negra recuou. O Cruzeiro já se movimentava internamente para recebê-lo e redesenhar a hierarquia de goleiros, sinalizando possível saída de Léo Aragão e preparação dos jovens Otávio e Vitor Lamounier.
Matheus Cunha, que soma 54 partidas oficiais pelo Flamengo desde sua estreia no profissional em 2021, tem números que justificam o interesse cruzeirense: 30 jogos sem sofrer gols, média de 2,9 defesas por partida e 80% de aproveitamento nas intervenções. O atleta também se destaca pela precisão nos passes curtos (78%) e nos lançamentos longos (45%).
A liberação de Cunha estava condicionada à contratação de um novo goleiro pelo Flamengo, mas como isso não se concretizou, a diretoria optou por mantê-lo como reserva imediato de Rossi. A movimentação, que nos bastidores era tratada como certa, virou peça de resistência diante da falta de reposição à altura.
O Cruzeiro, por sua vez, viu sua estratégia de reforço imediato se dissolver. A diretoria mineira havia firmado com Cunha um contrato de três anos com validade a partir de janeiro de 2026, mas esperava contar com o goleiro desde já, principalmente em função dos desafios da temporada e da necessidade de consolidar uma defesa mais sólida.
A frustração tomou conta dos bastidores do clube celeste. A decisão do Flamengo não apenas impacta tecnicamente o elenco, como também interfere na moral do grupo. Havia expectativa de mudança imediata na disputa pela titularidade, que agora terá que ser revista. Léo Aragão, antes cotado para deixar o clube, permanece como alternativa.
Ainda sem reposição garantida, o Flamengo vê em Cunha um seguro técnico para o restante do ano. Em um calendário com Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro em andamento, a diretoria carioca avalia que liberar o goleiro neste momento seria uma aposta arriscada, especialmente considerando o desempenho sólido que o atleta apresentou nos últimos dois anos.
O Cruzeiro, agora com menor margem de manobra, volta ao mercado em busca de soluções pontuais. O clube segue monitorando possibilidades, mas com limitações financeiras e prazos curtos, a chegada de um novo nome pode não acontecer a tempo de aliviar os compromissos mais próximos.
Apesar do veto momentâneo, a transferência está garantida. Cunha tem apresentação confirmada na Toca da Raposa em janeiro de 2026, quando se encerra seu vínculo com o Flamengo. O contrato prevê vínculo de três temporadas e objetivos de desempenho, mas a frustração atual marca o início de uma relação que já nasce com atraso.
A postura do Flamengo, por mais controversa que soe para os mineiros, encontra respaldo na lógica do futebol de alto nível. Sem garantia de reforço à altura, a diretoria optou pela estabilidade, mesmo contrariando acordos previamente firmados. O caso expõe as fragilidades do mercado de transferências brasileiro e os limites entre planejamento e realidade.
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