Fabiano de Cristo – Acolher, Ouvir e Amar
Por Hospital Fabiano de Cristo: Psicóloga Ligia Guilhermina da Silva – CRP 06/125146 – Responsável Técnica. Atendimento gratuito de retaguarda para pessoas com câncer.
Falar sobre saúde mental esse mês é também prestar atenção no outro, além de realizar nosso autocuidado, olhar para aqueles que estão em nosso lado percebendo que sozinhos não chegamos a lugar nenhum.
Vivemos em uma sociedade que sempre precisaremos de alguém porque não somos autossuficientes, o fato de necessitar do outro nos faz compreender que somos também responsáveis por ele, não pelas suas decisões e sim por tudo aquilo que está em nosso alcance de realizar.
Quando se trata das emoções é perceber que existe uma parcela de responsabilidade social, cada pessoa é responsável por fazer sua parte pelo outro. O que mais necessitamos não é de coisas materiais e riquezas passageiras.
O homem necessita ser acolhido, da forma que ele é e na condição que ele se encontra sem olharmos para as circunstâncias.
Não precisamos sair de nosso lugar para fazermos a nossa parte para contribuir com o bem-estar do outro, é para aquele que está ao nosso lado, ouvir em acolhimento porque muitas vezes é somente isso que precisamos, de quem nos acolhe, ouve e ama.
Esse amor vem das pequenas coisas, desde um sorriso até um bom dia, então, sejamos a diferença no mundo contribuindo para o bem-estar do outro em nossa volta.
A Solidariedade Silenciosa: O Reflexo da Saúde Mental na Sociedade Contemporânea
Em um mundo que se move ao ritmo frenético da modernidade, onde as notificações do celular competem com as batidas do coração, uma questão emerge com uma urgência silenciosa: a saúde mental. Não é mera coincidência que, à medida que a sociedade avança, a discussão em torno do bem-estar emocional ganha contornos cada vez mais definidos. Este artigo busca não apenas lançar luz sobre a importância da saúde mental, mas também provocar uma reflexão sobre o papel de cada indivíduo nesse cenário.
O autocuidado, termo que se tornou quase um mantra contemporâneo, é a face mais visível deste movimento. Mas, ao olharmos além do espelho, percebemos que a saúde mental não é uma ilha isolada. Ela está intrinsecamente ligada ao continente de relações humanas no qual estamos ancorados. O bem-estar individual e coletivo entrelaça-se em uma dança que exige parceria e sintonia, e aqui reside a nossa responsabilidade partilhada.
A sociedade é um mosaico de individualidades, onde cada peça é essencial para a integridade do conjunto. Neste contexto, acolher, ouvir e amar não são meros atos de bondade, mas sim pilares para a construção de uma comunidade verdadeiramente resiliente. Acolher é abrir espaço para o outro, em um gesto de inclusão que valida experiências e existências. Ouvir, por sua vez, é uma forma de reconhecer que cada voz carrega em si uma narrativa única que merece ser compreendida. Amar, em sua essência mais pura, é um ato revolucionário de reconhecimento do valor do ser humano, independentemente de suas circunstâncias.
No entanto, estes valores parecem atenuados pelo barulho das demandas diárias. O individualismo, embora seja uma característica marcante da modernidade, muitas vezes nos cega para as necessidades daqueles ao nosso redor. O desafio, portanto, é encontrar um equilíbrio entre o eu e o nós, entre o autocuidado e o cuidado com o outro.
A realidade é que a saúde mental não discrimina; ela afeta a todos, direta ou indiretamente. E a sua manutenção é um ato de equilíbrio contínuo que requer que sejamos tanto artistas quanto espectadores na galeria da vida humana. Somos chamados a ser os escultores de uma sociedade que valoriza a mente tanto quanto o corpo, entendendo que a verdadeira riqueza de uma comunidade reside na qualidade do apoio que ela oferece aos seus membros.
É no quotidiano que a nossa contribuição para o bem-estar coletivo se manifesta. Um sorriso genuíno, um “bom dia” caloroso, uma escuta ativa – são estes os tijolos com que construímos o edifício do apoio mútuo. A empatia é a argamassa que une esses tijolos, criando uma estrutura forte o suficiente para suportar os desafios que cada um de nós enfrenta.
O convite à reflexão é claro: como podemos, individual e coletivamente, cultivar uma atmosfera de solidariedade e compreensão? A resposta começa no reconhecimento de que a saúde mental é um bem comum que requer a nossa atenção e ação consciente. Abracemos, então, a oportunidade de sermos agentes de mudança, reconhecendo que cada gesto de compaixão reverbera através do tecido social, fortalecendo-o.
Não estamos sozinhos nessa jornada. Cada passo em direção ao outro é um passo em direção a uma sociedade mais saudável e integrada. A saúde mental não é um destino a ser alcançado, mas sim um caminho a ser percorrido juntos. Portanto, que sejamos viajantes conscientes, cujas ações refletem a compreensão de que a verdadeira saúde é aquela que abraça a integralidade do ser humano – mente, corpo e espírito. Que nossa modernidade seja definida não apenas pela velocidade da tecnologia, mas pela profundidade de nossas relações humanas.
Sobre o Hospital
A missão do Hospital Espírita Fabiano de Cristo é ampliar a visão de saúde, doença e morte no cuidad’ integral da pessoa portadora da doença do câncer, levando em conta os aspectos físico, espiritual, social, cultural e ecológico. Seu objetivo é tornar-se um centro de referência internacional nessa área.
Os valores que guiam o trabalho do hospital são o amor, a integridade, a saúde, a evolução e a espiritualidade. A ideia surgiu quando um grupo de pessoas do Núcleo Espírita Cristão (NEC) realizava o serviço assistencial domiciliar para enfermos em convalescença e carência social. Eles perceberam que esses pacientes enfrentavam grandes dificuldades para se recuperar, principalmente devido às condições socioeconômicas em que viviam.
Sob orientação espiritual do mentor Dr. Romano, por intermédio do médium Sérgio Eduardo Miranda, assistido por Carlos Alberto Drago, o grupo teve a inspiração de criar um espaço para abrigar e cuidar dessas pessoas. Em 17 de outubro de 1992, foi criado o Hospital Espírita Fabiano de Cristo.
Localizado em Caieiras, o hospital aproveita a área geográfica com grande potencial energético e vibracional, com propriedades minerais que atendem as necessidades de recuperação, refazimento e reabilitação de pessoas portadoras de doenças degenerativas como o câncer. Em 17 de outubro de 1996, foi lançada a pedra fundamental no espaço cedido pela Prefeitura Municipal de Caieiras para concessão de uso.
Em 10 de fevereiro de 2001, o Ambulatório Fabiano de Cristo foi inaugurado, oferecendo atendimento ambulatorial em diversas especialidades. Acima do ambulatório, encontra-se o Espaço Cultural Fabiano de Cristo, utilizado para a promoção de encontros, palestras, oficinas, shows e diversas outras ações.
O projeto do HEFC está em expansão. Além da manutenção dos atendimentos no Ambulatório, a construção do hospital permitirá ampliar os atendimentos, bem como oferecer opções de internação de acordo com a necessidade dos assistidos. Como parte do projeto de ampliação dos atendimentos, outros seis chalés serão construídos, cada um com seis leitos, permitindo um convívio familiar entre os pacientes de cada unidade.
Como chegar Hospital Fabiano de Cristo Caieiras – endereço e telefone
Endereço: Rua Canário, 600, Laranjeiras – Caieiras (SP)
Tel.: (11) 4441-3031 | (11) 94297-2924
E-mail: relacionamento@hefc.org.br