Analfabetismo no Brasil Diminui: Entre Avanços e Desafios Persistentes
A taxa de analfabetismo no Brasil recuou de 9,6% em 2010 para 7% em 2022, conforme divulgado pelo IBGE. Por Bia Ludymila (MTB 0081969/SP).
Ainda assim, 11,4 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais não sabem ler ou escrever um bilhete simples. Indígenas, pretos, idosos e moradores do Nordeste são os mais afetados, destacando persistentes desigualdades regionais e sociais no país.
Redução da Taxa de Analfabetismo
A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 9,6% em 2010 para 7% em 2022, representando uma redução significativa no número de pessoas analfabetas. De acordo com dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE, aproximadamente 2,5 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais deixaram de ser analfabetos durante este período. Em 2022, o país tinha 11,4 milhões de pessoas analfabetas, o menor número registrado desde 1940.
Desigualdades Persistentes
Apesar dos avanços, a taxa de analfabetismo ainda é preocupantemente alta entre certos grupos demográficos, como indígenas e pretos. Em 2022, a taxa de analfabetismo entre pessoas pretas era de 10,1%, entre pardas 8,8% e entre indígenas 16,1%. Em comparação, a taxa entre brancos era significativamente menor, apenas 4,3%.
Desigualdades Regionais
As desigualdades regionais também são evidentes. A região Nordeste, apesar de melhorias, continua com a taxa de alfabetização mais baixa do país, 85,8%. Em contraste, as regiões Sul e Sudeste apresentam taxas superiores a 96%. A disparidade é ainda mais pronunciada em certos estados, como Alagoas (82,3%) e Piauí (82,8%), que possuem as menores taxas de alfabetização do país.
Impacto da Idade
O analfabetismo é mais prevalente entre as pessoas mais velhas. Em 2022, apenas 1,5% das pessoas entre 15 e 19 anos eram analfabetas, enquanto a taxa para aqueles com 65 anos ou mais era de 20,3%. No entanto, essa faixa etária também apresentou a maior queda percentual nas últimas décadas, passando de 38% em 2000 para 20,3% em 2022.
Diferenças de Gênero
A taxa de alfabetização entre mulheres foi ligeiramente superior à dos homens, 93,5% contra 92,5%, respectivamente. No entanto, entre os idosos (65 anos ou mais), os homens apresentam uma ligeira vantagem, com 79,9% de alfabetização contra 79,6% entre as mulheres.
Influência do Tamanho dos Municípios
Municípios com populações entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentaram a maior taxa média de analfabetismo, 13,6%. Em comparação, municípios com mais de 500.000 habitantes têm uma taxa significativamente menor, 3,2%.
Considerações Finais
Embora o Brasil tenha feito progressos significativos na redução do analfabetismo, desafios importantes persistem, especialmente entre populações vulneráveis e em regiões menos desenvolvidas. Políticas públicas direcionadas e investimentos em educação são essenciais para continuar avançando e garantir que todos os brasileiros tenham acesso à alfabetização.
Este panorama revela a complexidade e a necessidade de abordagens específicas para enfrentar o analfabetismo, promovendo igualdade de oportunidades para todos os segmentos da população.
*Com informações de Uol.