Acabou a cancela! SP lança pedágio sem parar em 6 cidades e muda tudo nas estradas do litoral
O tradicional barulho da cancela se erguendo pode estar com os dias contados em algumas das rodovias mais movimentadas do estado de São Paulo. A partir de novembro de 2025, o governo estadual dará início à operação do sistema de pedágio Free Flow em seis cidades: Mogi das Cruzes, Arujá, Bertioga, Santos, Miracatu e Itariri. A novidade foi confirmada pela Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI) e marca uma mudança histórica no modelo de cobrança nas estradas que ligam o Alto Tietê ao litoral sul.
Pontos Principais:
- Free Flow estreia em novembro em seis cidades paulistas do Lote Litoral.
- Pedágio será cobrado por leitura de placa ou tag, sem praças nem cancelas.
- Motociclistas terão isenção total e moradores locais gratuidade nos trechos marginais.
- Descontos automáticos de 5% a 20% para veículos com adesivos de pagamento eletrônico.
- Pórticos em Peruíbe, Mongaguá e região só começam a funcionar em 2027.
O Free Flow — literalmente “fluxo livre” — elimina completamente as praças de pedágio e, com elas, as filas, paradas forçadas e tarifas fixas. No lugar disso, o motorista é cobrado de forma automática e proporcional à distância percorrida. A leitura da placa ou do adesivo eletrônico, como os de sistemas Sem Parar e Veloe, substitui a interação humana. Para quem não tem tag, a cobrança chega em até 48 horas, e o usuário tem 15 dias para fazer o pagamento diretamente com a concessionária.
A tecnologia será implantada no chamado Lote Litoral, um conjunto de trechos rodoviários que inclui a SP-055 (Padre Manoel da Nóbrega), SP-088 (Mogi-Dutra) e SP-098 (Mogi-Bertioga). Além da implementação do sistema de cobrança automatizada, essas rodovias estão recebendo melhorias estruturais, como recapeamento, nova sinalização, reforço no atendimento com guincho e ambulância, além da instalação de sistemas de comunicação embarcados.
Para os motociclistas, a mudança vem com um presente: isenção total da tarifa. Já os moradores locais terão gratuidade nos trechos marginais, facilitando deslocamentos curtos sem custo adicional. Motoristas que usam tag ainda ganham entre 5% e 20% de desconto automático, e aqueles que trafegam com frequência por esses trechos também poderão ter tarifas reduzidas de forma progressiva.
A SPI também confirmou que outros pórticos já previstos, como os localizados em Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande, só começarão a funcionar em 2027. Essa decisão está condicionada à conclusão das obras de infraestrutura nessas áreas. Até lá, o modelo tradicional de cobrança, com praça e tarifa fixa, continuará em operação.
A medida faz parte de uma reestruturação nas concessões rodoviárias do estado, que busca modernizar o sistema viário com investimentos em tecnologia e mobilidade inteligente. O Free Flow é uma das promessas do novo modelo de concessão, que pretende transformar a experiência dos motoristas, reduzir os gargalos em pontos estratégicos e aplicar uma lógica mais justa na cobrança pelo uso das estradas.
A mudança também responde a demandas de quem trafega com frequência por trechos curtos, que antes pagavam o mesmo valor de quem atravessava quilômetros. Com o Free Flow, o pagamento é proporcional, o que representa economia direta para muitos usuários e, ao mesmo tempo, incentivo ao uso de formas eletrônicas de pagamento — mais seguras e menos burocráticas.
Embora o sistema já funcione em outras partes do país, a experiência paulista deve ser a maior até agora, tanto pelo volume de tráfego quanto pela complexidade logística das rodovias envolvidas. Segundo dados recentes, a evasão tarifária no Free Flow chegou a 8% no primeiro ano em outros estados, o que mostra que o modelo ainda enfrenta desafios de fiscalização e adesão.
O avanço, no entanto, é visto como inevitável e necessário. Com o aumento do fluxo rodoviário, especialmente em regiões turísticas, o novo sistema promete mais fluidez nas viagens, economia de tempo e menos impacto ambiental, uma vez que o tráfego constante evita o “para e anda” próximo às praças de pedágio.
Mesmo com a promessa de modernidade, o governo afirma que continuará monitorando os resultados da implementação para ajustes técnicos e operacionais. A SPI reforça que o objetivo é alinhar tecnologia, mobilidade e justiça tarifária em um modelo de cobrança que possa ser expandido para todo o estado nos próximos anos.
Fonte: Gazetasp e Metropoles.
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