Número de casos de dengue em SP teve queda em 2023
O estado de São Paulo registrou, até o último dia 16 de março, 35,6 mil casos de dengue e 25 óbitos ocasionados pela doença, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em comparação ao mesmo período do ano anterior, em que foram confirmados 41 mil casos e 39 óbitos, houve uma redução.
No entanto, o período de maior transmissão da dengue ainda está por vir, começando no final da primavera e se estendendo até o início do outono, quando as condições climáticas são mais favoráveis à proliferação do vetor.
A SES realiza permanentemente ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, com apoio aos municípios responsáveis pelo trabalho de campo para a prevenção da doença. É essencial controlar e eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, especialmente em locais de maior preocupação, como o Noroeste do estado, a região metropolitana de São Paulo e a capital paulista. Com o clima mais quente, a proliferação do mosquito é mais fácil.
“Nossa maior preocupação é o Noroeste do estado, onde o clima é mais quente, a região metropolitana de São Paulo e a capital paulista. Esses locais são os chamados hot spots para os quais sempre mantemos o alerta. Com essa temperatura mais alta, intensidade de chuva e a completa adaptação do mosquito, temos o pacote perfeito para que o mosquito se prolifere se não tivermos controle sobre os criadouros”, explicou a diretora da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da SES, Regiane de Paula.
Segundo a diretora da Coordenadoria de Controle de Doenças da SES, Regiane de Paula, o número menor de casos e óbitos em relação ao ano passado deve-se à sazonalidade da doença. Embora haja uma tendência de diminuição de casos no inverno, há meses do ano em que é possível observar uma alta na taxa de transmissão, e ocorrem ciclos epidêmicos e interepidêmicos de um ano para outro.
“Em 2016 tivemos uma epidemia no estado. Aí temos que saber qual vírus está circulando, se é o 1 ou 2. Há uma série de fatores que podem levar a isso. Temos a notificação e a questão do limite de município. Há cidades que fazem fronteira com outras que têm alta incidência, mas estão silenciosos. Para esses pedimos atenção especial para notificação e para os sintomas”, disse Paula.
É importante que a população esteja alerta a qualquer sinal de dengue, como febre abrupta, náusea, dor no corpo e dor atrás dos olhos. A pessoa deve procurar atendimento médico e fazer o exame para se certificar. Embora os casos atuais tenham sido mais leves, é fundamental que a população esteja alerta. A diretora enfatizou a necessidade de cuidar do entorno do jardim, da calha da casa e eliminar os criadouros, lembrando que isso faz toda a diferença.
Vacina contra a dengue
O tratamento da dengue é baseado no controle dos sintomas e prevenção de complicações. O repouso é essencial para reduzir a febre e dores no corpo. Beber muitos líquidos ajuda a evitar a desidratação. Em casos graves, pode ser necessária a hospitalização para monitoramento e tratamento intensivo.
Além da prevenção através do controle dos mosquitos, uma vacina contra a dengue está disponível. É importante lembrar que a vacina não é 100% eficaz e que a prevenção através do controle dos mosquitos é a medida mais eficaz para evitar a propagação da doença.
Sobre o cenário atual, de Paula reforçou que apesar do número mais baixo de casos em relação ao ano passado, a dengue nunca oferece um cenário muito tranquilo. “Nós trabalhamos para que todos façamos o controle e evitando um caso que seja, já estamos obtendo êxito. O cenário está menos intenso, mas sempre preocupa, porque de um momento para o outro pode haver aumento. O que queremos e que esses casos não aconteçam”.
Sobre a vacina contra a dengue, ela afirmou que o imunizante passou pela Análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que é um dos critérios para que o governo passe a comprar e distribuir a vacina, mas ainda não há nenhuma sinalização sobre a compra.
*Com informações da Agência Brasil e SES.