Região do CIMBAJU ultrapassa 2 mil casos de dengue em 2025 e registra primeira morte confirmada
Mais de 2 mil casos de dengue são confirmados no CIMBAJU em 2025. Morte por dengue é registrada em Caieiras; outras três seguem em análise.
Pontos Principais:
- Região do CIMBAJU já confirmou 1.958 casos de dengue e uma morte em Caieiras.
- Outros três óbitos seguem sob investigação em Mairiporã e Francisco Morato.
- Mulheres entre 20 e 49 anos são maioria entre os infectados em 2025.
- Prefeituras ainda não divulgaram medidas concretas de enfrentamento.
O avanço da dengue no CIMBAJU acende um alerta em 2025. De janeiro até 17 de maio, foram 2.508 notificações e 1.958 confirmações da doença na região, segundo levantamento oficial obtido pelo Portal Dois Pontos. Caieiras confirmou a primeira morte do ano, enquanto três óbitos seguem em apuração nos municípios de Mairiporã e Francisco Morato. As autoridades de saúde ainda não divulgaram um plano unificado para conter a proliferação do Aedes aegypti.
As estatísticas apontam crescimento mês a mês: 77 casos em janeiro, 375 em fevereiro, 746 em março, 931 em abril e 378 já em maio. A curva crescente revela que, apesar das campanhas e alertas, a contenção da doença ainda enfrenta entraves. A falta de medidas visíveis das prefeituras preocupa a população, especialmente nas áreas com maior incidência de notificações.
A análise do perfil dos casos indica que mulheres representam 57% do total de infectados. A faixa etária mais afetada vai dos 20 aos 49 anos. Nesse recorte, 297 mulheres e 229 homens entre 20 e 29 anos foram contaminados; entre 30 e 39 anos, 282 mulheres e 224 homens; e entre 40 e 49 anos, 265 mulheres e 179 homens. O grupo de 50 a 59 anos também chama atenção, com 256 registros no total.
Além dos números, chama atenção o silêncio. As prefeituras da região foram procuradas pela reportagem para detalhar suas ações de enfrentamento, mas, até a publicação deste texto, apenas Mairiporã se manifestou — e a íntegra da resposta será publicada tão logo possível. Em Caieiras e Morato, não houve retorno.
A Secretaria de Saúde recomenda que a população redobre os cuidados e elimine qualquer recipiente que possa acumular água. Tampas de garrafa, pneus, calhas, caixas d’água abertas e vasos de planta são os principais criadouros. O mosquito se reproduz rapidamente, e a prevenção segue sendo a principal ferramenta de combate.
Os sintomas mais comuns da dengue incluem febre alta, dor no corpo, manchas vermelhas e dor atrás dos olhos. Ao perceber qualquer um desses sinais, o morador deve procurar atendimento médico imediatamente. A automedicação é desaconselhada e pode agravar o quadro do paciente, especialmente em casos de dengue hemorrágica.
Com o número de casos aumentando e poucas respostas oficiais sendo divulgadas, a população vive entre a insegurança e a prevenção. Enquanto os gestores não apresentam ações concretas, o controle da dengue continua sendo uma tarefa compartilhada entre os órgãos públicos e a vigilância individual de cada cidadão.
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