O Valor do Fracasso: A Verdadeira Medida do Sucesso
Por Bia Ludymila (MTB 0081969/SP). Nas salas de aula, corredores de empresas e até mesmo em conversas informais, a narrativa predominante é sobre vitórias e conquistas.
Contamos as histórias de sucesso como se fossem a única métrica de avaliação do caráter ou habilidade de uma pessoa. No entanto, o que muitas vezes é relegado ao esquecimento, e erroneamente interpretado como fraqueza, é o fracasso.
Muitas grandes mentes ao longo da história, de artistas a cientistas e empresários, não foram estranhos ao fracasso. Albert Einstein, por exemplo, não falava até os quatro anos de idade e foi considerado “lerdo” na escola. Walt Disney foi demitido de um jornal por “falta de imaginação” e “não ter boas ideias”. Os Beatles foram recusados por várias gravadoras.
Por que, então, a sociedade tem essa aversão ao fracasso?
Talvez seja porque o fracasso é frequentemente interpretado como final, quando na verdade é apenas temporário. O fracasso é um mestre silencioso, sempre pronto a ensinar lições valiosas a quem estiver disposto a aprender.
Steve Jobs, co-fundador da Apple, uma vez disse: “Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas da vida.” Ele reconheceu que, na vastidão do tempo, cada falha era simplesmente uma pedra no caminho para o sucesso.
Talvez seja hora de repensarmos nossa abordagem ao fracasso. Em vez de esconder nossos erros, deveríamos celebrá-los. Em vez de punir o fracasso, devemos reconhecê-lo como uma parte essencial da jornada do aprendizado.
O ‘curriculum mortis‘ não é apenas uma compilação de falhas, mas uma celebração da resiliência, determinação e força de caráter. Representa os momentos em que, apesar de tudo, optamos por levantar, limpar a poeira e tentar novamente.
Portanto, da próxima vez que falharmos, ao invés de nos repreendermos, devemos lembrar que cada falha é uma oportunidade de crescer, aprender e melhorar. E, afinal de contas, é a capacidade de superar desafios, e não a ausência deles, que verdadeiramente define nosso caráter e determina nosso sucesso.
Texto inspirado em MARIO SERGIO CORTELLA.