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Primeiro encontro de Deputados e Senadores em Brasília destaca visibilidade Trans

Um dia antes do Dia Nacional de Visibilidade Trans, parlamentares, entre deputados e senadores, reúnem-se em Brasilia para discutir pela primeira vez sobre obstáculos da comunidade LGBTQIA+.
Publicado em Brasil dia 23/01/2023 por Alan Corrêa

Um dia antes do Dia Nacional de Visibilidade Trans, 29 de janeiro, parlamentares entre deputados e senadores, reúnem-se em Brasilia para discutir pela primeira vez sobre obstáculos da comunidade LGBTQIA+.

Tratando de assuntos relacionados a Direitos Humanos, a comunidade LGBTQIA+ foi pauta do primeito encontro de parlamentares em Brasília que antecedeu o Dia Nacional de Visibilidade Trans. O grande questionamento do grupo foi discutir sobre os desafios deste grupo. A reunião aconteceu nos dias 20 e 21 de janeiro na capital do pais.

Parlamentares da Câmara dos Deputados junto aos da Assembléia Legislativa do Estado reuniu personalidades eleitas. São duas parlamentares transexuais nesta gestão em Brasília, Duda Salabert, deputada federal pelo PDT de Minas Gerais é uma delas, trata-se de uma professora de literatura querida, é importante falar que ela foi a vereadora mais votada em Belo Horizonte em 2020. Duda, após esta vitória assume cuidar e respeitar com ainda mais vigor pautas defendidas pela comunidade para a Câmara.

“Em Belo Horizonte 91% das travestis e transexuais não concluíram o ensino médio, independentemente da ideologia. Isso mostra que nós temos que repensar também o projeto educacional e de segurança pública e de empregabilidade para, de fato, construir cidadanias no país.”, afirma Duda.

A outra deputada federal transexual eleita é Érica Hilton, pelo PSOL de São Paulo. Em 2020 ela foi eleita vereadora de São Paulo, com mais de 50 mil votos. Tornou-se a primeira travesti da Câmara Municipal e a vereadora mais votada do Brasil. Para Érica, atuar em um Congresso Nacional conservador vai ser um desafio.

“Eu acho que nós teremos um Congresso duro, difícil, mas que nos permitirá provocar a sociedade e trabalhar, junto com o governo eleito, para que a gente avance em pautas de dignidade, de direito, de cidadania. Que não são pautas de identidade, não são pautas de ideologia. São pautas que devem ser tratadas como aquele que é o papel do Congresso Nacional: levar dignidade para o povo brasileiro.ela ressaltou: “Nós queremos que essas pessoas (LGBTQIA+) sejam instrumentalizadas para fazer as decisões políticas desses partidos”.

Outros nomes que aparecem com força são o da Carolina Iara, integrante do PSOL de São Paulo, é nossa primeira da América Latina. No período dos debate do evento muitos aceitaram a ideia de proposta pelos parlamentares “Nós queremos que essas pessoas (LGBTQIA+) sejam instrumentalizadas” completa a parlamentar.

Como de costume, a violência contra a liberdade da comunidade LGBTQIA+ tem muito a ser definido ainda e evoluir de modo pacífico e inteligente. Uma das principais preocupações discutidas durante o evento. Transfobia ser crime no Brasil desde 2019, o país ainda é, pelo 14º ano consecutivo, o que mais mata pessoas transexuais e travestis em todo o mundo. A expectativa de vida de transexuais no país é de apenas 35 anos – menos da metade da média geral, de 77 anos.

A deputada estadual Dani Balbi, eleita pelo PCdoB do Rio Janeiro foi a primeira transexual doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“A gente tem muitos desafios para que a população trans e travesti efetive de fato a sua cidadania e que possa, a partir disso, superar esse ciclo de violências. E o Poder Público é fundamental, respondendo e construindo política pública para que nós possamos ter um lugar dentro da sociedade.”

Ainda durante a reunião, durante o evento, a secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, primeira trans a ter auma voz atevaocupar um cargo na esfera federal, afirmou que reestruturar as políticas públicas voltadas à proteção dessas pessoas é urgente. “O principal desafio é instituir as normativas. Para isso, a gente vai construir também um processo de participação social, com os movimentos sociais, com as pessoas que vem elaborando nesse campo, estudando sobre esses assuntos. Já há muito acúmulo de pesquisas e de documentos que a gente vai se basear para entregar, ainda este ano, as normativas que vão fazer com que a gente enfrente essa violência cotidiana.”

No ano de 2022, o Brasil teve 79 candidatos transexuais e travestis que disputavam vagas nas Assembleias Estaduais e na Câmara Federal. Quatro foram eleitas – duas para o Congresso Nacional e duas se tornaram deputadas estaduais.

*Com informações da Agência Brasil