Ismail Haniyeh, líder do movimento islamista palestino Hamas, foi assassinado em Teerã, capital do Irã, em um ataque que o grupo atribui a Israel. A morte de Haniyeh, ocorrida após sua participação na cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masud Pezeshkian, gerou reações imediatas de diversos países, incluindo Turquia, China, Rússia e Catar.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, anunciou em comunicado que Haniyeh foi morto em um ataque contra sua residência em Teerã. O grupo qualificou o ataque como uma ação sionista, prometendo retaliação. Segundo a Guarda Revolucionária do Irã, um projétil aéreo atingiu a residência, resultando na morte de Haniyeh e de um de seus seguranças.
O Irã, que mantém uma relação estreita com o Hamas, condenou o ataque e prometeu defender sua integridade territorial. O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, destacou a coragem de Haniyeh e reafirmou o compromisso de seu país com a causa palestina. As autoridades iranianas, embora neguem envolvimento direto nos ataques do Hamas contra Israel, apoiam abertamente o grupo.
A morte de Haniyeh provocou uma reação internacional significativa. O Catar, mediador em conflitos no Oriente Médio, alertou que o assassinato poderia mergulhar a região no caos e minar as possibilidades de paz. A Turquia condenou o ataque, chamando-o de tentativa de ampliar o conflito em Gaza para uma dimensão regional.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, pediu união aos palestinos em resposta ao assassinato de Haniyeh. As diversas facções palestinas convocaram protestos e uma greve geral em solidariedade ao líder do Hamas.
Desde outubro de 2023, o Hamas trava uma guerra contra Israel, desencadeada por um ataque de seus combatentes ao sul do território israelense. O conflito resultou na morte de milhares de pessoas e no sequestro de centenas de israelenses pelo Hamas. A campanha de represália de Israel em Gaza tem causado um número elevado de vítimas, intensificando ainda mais as tensões na região.
Haniyeh, que se exilou entre a Turquia e o Catar, era conhecido por sua habilidade em manter boas relações com diversas facções palestinas, mesmo com rivais. Sua morte representa um duro golpe para o Hamas e pode levar a uma escalada de violência no Oriente Médio.
O assassinato de Haniyeh marca um momento crítico no já tenso cenário geopolítico da região, com potencial para influenciar futuros desdobramentos no conflito entre Israel e grupos alinhados ao Irã, como o Hezbollah e os houthis do Iêmen.
Fonte: G1, Wikipedia e CartaCapital.