Neuralgia do trigêmeo causa dores incapacitantes em milhares de pessoas; conheça a história de Carolina Arruda, que convive com a pior dor do mundo há 11 anos.
A neuralgia do trigêmeo é conhecida por causar dores extremas, descritas como as piores do mundo. Carolina Arruda, diagnosticada aos 16 anos, compartilha sua luta contra essa condição. A dor intensa e constante mudou sua vida, afetando sua saúde física e mental, além de sua rotina e relações sociais.
Carolina Arruda sentiu a primeira dor de cabeça intensa aos 16 anos, logo após se recuperar de uma dengue. Inicialmente, ela achou que a dor era uma sequela da infecção. Estava grávida de quatro meses e, sem histórico de problemas graves de saúde, não deu muita importância à dor que passou rapidamente.
Com o tempo, as dores começaram a ser frequentes e intensas, levando Carolina a buscar ajuda médica. Ela passou por 27 especialistas diferentes antes de receber o diagnóstico correto: neuralgia do trigêmeo. Essa condição causa dores descritas como choques elétricos intensos na face e é conhecida por ser incapacitante.
O nervo trigêmeo possui três ramificações que se estendem para a região dos olhos, nariz e mandíbula. Quando comprimido, ele provoca crises agudas de dor. Segundo especialistas, essa disfunção pode ser causada por má-formação do nervo ou por doenças como tumores.
As crises de dor de Carolina se tornaram tão intensas que ela não consegue mais trabalhar e passa a maior parte do dia deitada. A dor é tão forte que já a levou a tentar suicídio. Para aliviar as crises, ela passou por três cirurgias, sendo que a última deixou o lado direito de seu rosto paralisado.
A neuralgia do trigêmeo é mais comum em idosos, devido à degeneração dos vasos sanguíneos com o avanço da idade. Em jovens, pode estar associada a tumores ou outras doenças. No Brasil, há cerca de cinco casos para cada 100 mil habitantes, afetando mais mulheres do que homens.
O diagnóstico da neuralgia do trigêmeo é feito através de análises clínicas e exames de imagem, como tomografia. O tratamento visa controlar as crises de dor intensa e pode incluir medicamentos ou cirurgias para corrigir a má-formação do nervo.
Carolina, mesmo com os tratamentos, continua tomando morfina e outros medicamentos diariamente. Ela descreve sua rotina como limitada, onde ações cotidianas podem desencadear crises de dor insuportáveis.
Para aqueles que apresentam sinais de alerta relacionados ao suicídio, existem várias opções de apoio, incluindo o Centro de Valorização da Vida (CVV) e serviços de emergência como Bombeiros e SAMU. É crucial buscar ajuda e não enfrentar essa dor sozinho.
A história de Carolina destaca a necessidade de maior conscientização sobre a neuralgia do trigêmeo e a importância de um diagnóstico rápido e preciso. Apesar dos avanços médicos, muitos pacientes ainda sofrem com dores incapacitantes. É essencial oferecer suporte adequado e buscar tratamentos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes.
*Com informações de BBC.