Tecnologia

Segurança de computadores: Antivirus é importante, mas a inteligência do usuário ainda é fundamental

A KnowBe4 lançou o Relatório de Benchmarking de Phishing por Setor para 2024. O relatório avaliou a propensão das empresas a cair em esquemas de phishing. Empresas com treinamento regular de segurança cibernética reduziram significativamente a propensão a ataques. Setores de saúde, farmacêutico e hospitalidade são os mais vulneráveis.
Publicado em Tecnologia dia 10/06/2024 por Alan Corrêa

Antivírus e firewalls são importantes, mas a melhor proteção contra ameaças cibernéticas continua a ser as pessoas. Segundo o relatório de benchmarking da KnowBe4, uma plataforma de formação em cibersegurança, a falta de preparação dos funcionários é um dos principais fatores que contribuem para o sucesso dos ataques de phishing. A KnowBe4 realizou mais de 54 milhões de testes de simulação de phishing em quase 12 milhões de utilizadores em diversas organizações e concluiu que, sem qualquer tipo de treinamento, 34,3% dos funcionários clicam em links maliciosos.

O relatório mostra que empresas que investem em treinamento regular de conscientização sobre segurança conseguem reduzir significativamente essa taxa. Em 90 dias, a propensão para clicar em links maliciosos cai para 18,9%, e após 12 meses de treinamento contínuo, a taxa desce ainda mais, para 4,6%. Esses dados ressaltam a importância de uma cultura organizacional que priorize a segurança cibernética.

O setor de saúde e farmacêutico foi identificado como o mais vulnerável, especialmente em empresas de grande e pequena dimensão. A pontuação de propensão para phishing nesse setor foi de 34,7% em empresas menores e 51,4% em empresas maiores. Já no setor de hospitalidade, empresas de média dimensão mostraram uma vulnerabilidade significativa, com uma pontuação de 39,7%.

O relatório da KnowBe4 também menciona que a maioria das violações de dados ocorre devido a erro humano. Estudo da Verizon revelou que 68% das violações resultaram de ações acidentais, uso de credenciais roubadas, engenharia social e uso indevido de privilégios. Mesmo com uma leve melhora em relação aos 74% do ano anterior, o relatório enfatiza a necessidade contínua de fortalecimento do fator humano na segurança cibernética.

A rápida adoção da inteligência artificial em diversas indústrias também apresenta novos riscos cibernéticos. O relatório alerta que, sem medidas de segurança robustas, a implementação da IA pode aumentar a vulnerabilidade das empresas a ataques cibernéticos.

A KnowBe4 conclui que, além de investir em tecnologias de segurança, as empresas devem focar na educação e no treinamento dos seus funcionários. Criar uma cultura de segurança cibernética forte e constante é fundamental para reduzir os riscos e proteger dados sensíveis contra ataques.

Finalmente, a empresa recomenda que as organizações realizem testes regulares e contínuos de simulação de phishing e outras formas de conscientização sobre segurança. Esta prática ajuda a desenvolver comportamentos seguros que, com o tempo, se transformam em hábitos e padrões que melhoram a segurança geral da empresa.

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