Bradesco Saúde: A Mercantilização da Esperança de Centenas de Famílias em Caieiras.
Em uma manobra inesperada e impactante, mais de 280 famílias em Caieiras enfrentam um futuro incerto devido à decisão do Bradesco Saúde de descredenciar clínicas fundamentais para o tratamento de seus filhos com necessidades especiais.
A comunidade, enraivecida e desesperada, eleva sua voz coletiva, exigindo um tratamento digno e contínuo.
Naira Diniz Zanelato, uma das mães afetadas, liderou a criação de um abaixo-assinado que revela uma realidade angustiante. As clínicas descredenciadas, como a Clínica de Especialidades Patrícia Lima e a Fersil Clínica Médica e Pediatria Ltda., fornecem serviços cruciais que vão desde psicologia até fonoaudiologia.
O descarte dessas clínicas pela Bradesco Saúde deixa uma lacuna gigante nos serviços médicos disponíveis para esses pacientes. Ela pede a todos que possam levantar essa bandeira ao lado dela, que ajudem e se levantem por uma causa tão nobre, nossas crianças. este é o link do Abaixo Assinado a favor de garantir o direito dessas crianças que não merecem ser abandonadas.
Dados estatísticos mostram que o tratamento contínuo, particularmente para condições como TEA, TDAH, DISLEXIA e déficits cognitivos, é fundamental para o desenvolvimento adequado.
A interrupção desse atendimento pode resultar em retrocessos drásticos, prejudicando a qualidade de vida da minha criança, explica a mãe em prantos em entrevista para o jornal Fala Regional.
Além disso, os números revelam uma narrativa ainda mais preocupante.
Pacientes e responsáveis garantem que não há onde continuar o tratamento, ainda que aceitassem a toca da clinica, o que não é discutível por quem assinou a abaixo assinado e usuários dos serviços. Pacientes e familiares se desesperam pela ausencia de cuidados iminentes e também falta de capacidade de pagar o atendimento de modo particular.
Não é novidade que a realidade do nosso pais não sugere pagamentos particulares para esses atendimentos, o que me deixa com medo de que meu filho regrida e agrave o caso, acrescenta a mãe.
Enquanto o Bradesco Saúde afirma que outras clínicas na região de Caieiras podem atender esses pacientes, a realidade é diferente segundo manifestantes. Muitas dessas clínicas operam através de sistemas de reembolso, possuem longas filas de espera, ou pior, não atendem crianças.
Esse quadro torna a decisão da seguradora ainda mais irresponsável e, para muitos, cruel.
Impossível fazer esta troca de atendimento, parece que eles fazem com o intuito de economizar mesmo, mas quando eu contratei o plano, ninguém disse de volta quando apontei minhas necessidades que meu bebê poderia ficar sem tratamento pelo simples fato do Bradesco não querer mais, porque fui atras e eles não respondem absolutamente nada que seja coerente, ou ainda mais, convincente, completa outra mãe que não quer se identificar nesta matéria.
Um deslocamento impraticável até a cidade de Cajamar, exigindo quase três horas de viagem em transporte público. Para famílias já sobrecarregadas, essa proposta é insustentável, tanto logisticamente quanto financeiramente.
Chega a nos colocar em um lugar ridículo, é abusivo na minha opinião, o modo cruel em que nossas crianças são expostas. Verdadeira falta de responsabilidade social agravante, depois vem com anúncios de circos na TV, é pra chamar a gente de palhaço mesmo. Acrescenta outro responsável envolvido que questiona a paralização dos serviços.
Estudos confirmam que o vínculo terapêutico é crucial para tratamentos de longo prazo. Mudar abruptamente os prestadores de serviço pode resultar em traumas e retrocessos significativos, comprometendo anos de progresso. Esse descuido do Bradesco Saúde, uma gigante do setor, levanta questionamentos sobre até que ponto os lucros são priorizados em detrimento da saúde e bem-estar dos pacientes.
O grito coletivo das famílias, cristalizado no abaixo-assinado, não é apenas um pedido de reconsideração.
É um clamor por humanidade, por respeito e por justiça. Enquanto a batalha continua, uma coisa é clara: a saúde e o futuro de centenas estão em jogo, e a comunidade de Caieiras não se silenciará.
A empresa foi contatada pela redação do Fala Regional mas não respondeu até o fechamento desta matéria. Será publicada sua resposta imediatamente.