O futebol brasileiro perdeu uma de suas lendas no último dia 5 de janeiro: Mário Jorge Lobo Zagallo. Sua história não apenas se entrelaça com os momentos mais gloriosos da seleção canarinho, mas também reflete uma trajetória ímpar, marcada por paixão, dedicação e um vínculo peculiar com o número 13, originado da devoção de sua esposa, Alcina, a Santo Antônio, cuja celebração ocorre no dia 13.
Aos 92 anos, Zagallo deixou um legado indelével no futebol, participando de quatro dos cinco títulos mundiais conquistados pelo Brasil. Sua carreira brilhante se desdobrou em diversas facetas: como jogador, técnico e coordenador técnico da seleção brasileira.
Nascido em Atalaia, Alagoas, em 1931, Zagallo logo se destacou no mundo da bola. Sua jornada teve início no América-RJ e, posteriormente, no Flamengo, onde conquistou três títulos cariocas consecutivos. Contudo, foi no Botafogo que sua trajetória como jogador ganhou maior destaque, ao lado de nomes lendários como Nilton Santos, Didi e Garrincha.
Seu papel na seleção brasileira começou em 1958, quando conquistou a Taça Oswaldo Cruz e estampou a primeira estrela no peito do Brasil na Copa do Mundo daquele ano. Conhecido como “formiguinha”, Zagallo demonstrou não apenas habilidades ofensivas, mas também táticas defensivas cruciais para a equipe.
Após encerrar sua carreira como jogador aos 34 anos, Zagallo trilhou uma carreira vitoriosa como treinador. Sua gestão à frente da seleção na Copa de 1970, no México, foi icônica, conduzindo o Brasil ao tricampeonato com um time memorável composto por Pelé, Gérson, Rivellino, Tostão e Jairzinho.
A história de Zagallo se estendeu além das fronteiras do Brasil, com passagens por diferentes clubes e países, até retornar à seleção em 1991 como coordenador técnico, contribuindo para o tetracampeonato e posteriormente para a conquista da Copa das Confederações e da Copa América.
Seu legado, marcado por frases icônicas e momentos memoráveis, continua a inspirar não apenas os amantes do futebol, mas também as gerações futuras. Com 135 jogos à frente da seleção e um aproveitamento de 79,7%, Zagallo não é apenas um nome com 13 letras – é um ícone eternizado na história do esporte.
O velório de Zagallo será na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), aberto ao público, seguido pelo sepultamento no Cemitério São João Batista, ambos no Rio de Janeiro, onde o Brasil prestará sua última homenagem a esse gigante do futebol. Sua jornada encerra-se, mas seu legado permanecerá vivo, ecoando através das páginas douradas do futebol brasileiro.
*Com informações da AgênciaBrasil e G1.