O Governo de São Paulo, por meio da Fundação Florestal, está conduzindo uma obra de restauro nas ruínas do antigo presídio da Ilha Anchieta, localizada em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo. A intervenção começou no início de 2024 e tem como objetivo preservar as estruturas que testemunharam eventos históricos significativos, como a rebelião de presos políticos em 1952. Este projeto é parte de uma iniciativa maior para proteger e valorizar o patrimônio histórico e cultural do estado.
O projeto de restauração conta com um investimento de R$ 5 milhões, destinados a um trabalho minucioso de contenção, conservação e restauro das ruínas. As obras incluem diversas etapas, tais como:
Além dessas ações, o projeto prevê o tratamento de desplacamento das estruturas, o tratamento anticorrosivo de peças de aço e a instalação de batentes. A obra tem previsão de término em fevereiro de 2025, e até lá, a visitação às ruínas está suspensa para garantir a segurança dos visitantes e a integridade do processo de restauração.
A Fundação Florestal espera que, com a conclusão das obras, o local esteja mais seguro e preparado para receber visitantes. Após o término do restauro, a visitação será retomada de forma guiada, com monitores capacitados para explicar a história e a importância das ruínas do presídio. Este projeto também faz parte de um esforço maior para promover o turismo histórico e ecológico na região de Ubatuba, incentivando o crescimento sustentável do turismo local.
Criado em 29 de março de 1977, o Parque Estadual Ilha Anchieta (PEIA) protege a segunda maior ilha do Litoral Norte de São Paulo, com uma área de 828 hectares distribuída em 17 km de perímetro. O parque é conhecido por suas praias de águas cristalinas, trilhas que atravessam a Mata Atlântica, costões rochosos e uma rica fauna silvestre. Desde sua criação, o PEIA tem como principais objetivos a proteção e conservação dos ecossistemas naturais, além de fomentar pesquisas científicas e atividades de educação ambiental.
O acesso ao Parque Estadual Ilha Anchieta se dá exclusivamente por via marítima, com lanchas ou escunas que partem de diferentes pontos da cidade de Ubatuba. O trajeto pode variar de 15 a 45 minutos, dependendo do tipo de embarcação e das condições climáticas. Os principais pontos de saída são o Píer do Saco da Ribeira e as praias do Perequê Mirim, Itaguá, Enseada e Lázaro.
Na ilha, há um empreendimento hoteleiro, o Green Haven, que opera em regime de permissão de uso dentro da Unidade de Conservação desde 2023. Este projeto visa promover práticas sustentáveis e valorizar a cultura caiçara, além de preservar as construções históricas da primeira década do século 20. A energia consumida na ilha é renovável, e os resíduos são tratados com processos naturais, conforme os padrões ambientais vigentes.
Com a finalização das obras de restauro e a melhoria da infraestrutura turística, a expectativa é que o número de visitantes ao Parque Estadual Ilha Anchieta continue crescendo. Em 2023, o parque recebeu mais de 61,7 mil visitantes, número que já foi superado nos primeiros seis meses de 2024. As melhorias planejadas visam aumentar ainda mais a satisfação dos visitantes e consolidar a Ilha Anchieta como um dos principais destinos de ecoturismo e turismo histórico no Litoral Norte de São Paulo.
Fonte: SEMIL.