Por Bia Ludymila (MTB 0081969/SP). O Despertar da Sociedade: Eleição de Conselheiros Tutelares Registra Participação Recorde e Reflete Maior Engajamento da População.
No coração da democracia brasileira, a eleição dos conselheiros tutelares, que ocorreu em 1º de outubro de 2023, reescreveu a história ao registrar uma participação sem precedentes.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, 56.000 urnas eletrônicas foram empregadas no processo eleitoral, com um número estimado de votantes que quebrou recordes.
A magnitude da participação pública pode ter surpreendido a alguns, mas para o secretário nacional do Direito da Criança e do Adolescente, Cláudio Augusto Vieira da Silva, a eleição foi um marco de sucesso. Ele ressaltou a relevância deste órgão, cuja importância ainda é subestimada por partes da população.
Comparando com os dados de 2019, a atual eleição evidencia uma evolução notável.
O promotor de Justiça João Luiz de Carvalho Botega, membro do CNMP, destacou a notável mobilização deste ano. Dados relevantes, como o aumento de 10% na participação de eleitores em Palmas e o surpreendente crescimento de 50% em Joinville, ilustram este novo cenário.
No entanto, como em qualquer processo de grandes dimensões, ocorreram desafios. Alguns municípios enfrentaram contratempos, levando a anulações e à necessidade de reprogramação de eleições. O secretário Vieira sublinhou a importância de aperfeiçoar e unificar o processo eleitoral, em prol de uma dinâmica mais equânime.
O boletim informa que em Belo Horizonte a eleição foi estendida devido a atrasos no sistema, enquanto em Ceará-Mirim, uma discrepância na programação das urnas levou a uma recomendação de anulação.
Botega, abordando as intercorrências, reconheceu os desafios mas enfatizou o êxito geral do processo. Ele também destacou a eficácia das urnas eletrônicas, citando que os municípios que adotaram esta tecnologia encontraram menos problemas.
A eleição foi adiada em diversos municípios, incluindo Diadema, Caieiras, Andradina, entre outros.
Significativamente, em Belo Horizonte e Maceió, urnas eletrônicas não foram utilizadas. Botega ressaltou a segurança e a transparência que a tecnologia traz ao processo eleitoral, enfatizando a superioridade dessa abordagem.
Em duas capitais, Belo Horizonte e Maceió, não foram usadas urnas eletrônicas.
Ao refletir sobre este marco eleitoral, fica evidente que a sociedade brasileira está despertando para a importância da participação cívica, dando valor a instituições muitas vezes esquecidas, mas essenciais para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes.