Zhang Yiming, o cofundador da ByteDance, empresa-mãe do TikTok, foi recentemente coroado como o homem mais rico da China. Ele agora possui uma fortuna de US$ 49,3 bilhões, o que representa um crescimento de 43% em relação ao ano anterior, segundo o instituto de pesquisa Hurun. Zhang, de 41 anos, deixou o cargo de CEO em 2021, mas ainda detém cerca de 20% da companhia.
A ByteDance lançou o TikTok em 2017 após adquirir o aplicativo Musical.ly, agregando mais de 20 milhões de usuários. O aplicativo rapidamente se tornou uma das plataformas de mídia social mais populares globalmente, mesmo com o crescente escrutínio sobre seus laços com o governo chinês em alguns países. Desde então, a empresa aumentou seus lucros em 60% no último ano, impulsionando o patrimônio de Zhang Yiming.
Em comparação com a lista de bilionários dos Estados Unidos, liderada por nomes como Bill Gates, Warren Buffett, Jeff Bezos e Elon Musk, a China tem um dinamismo econômico evidenciado pela rotatividade de nomes no topo, segundo Rupert Hoogewerf, chefe do instituto Hurun. Antes de Zhang, Zhong Shanshan, presidente da gigante de bebidas Nongfu Spring, ocupava o posto de mais rico.
Zhang Yiming iniciou sua carreira trabalhando na Microsoft e em empresas de tecnologia como Kuxun. Em 2012, fundou a ByteDance com um agregador de notícias baseado em inteligência artificial. O sucesso inicial do aplicativo Douyin na China abriu caminho para o lançamento global do TikTok, transformando Zhang em uma figura de destaque na indústria tecnológica mundial.
No entanto, a pressão sobre a ByteDance permanece, especialmente nos Estados Unidos, onde uma possível proibição do TikTok está prevista para janeiro de 2025, a menos que a empresa venda suas operações no país. Essa incerteza não impediu o crescimento do aplicativo, mas levanta questões sobre o futuro da expansão global da ByteDance.
Pony Ma, da Tencent, ocupa a terceira posição na lista de bilionários da China, mas o setor de tecnologia do país também enfrenta desafios. Empresas de energia verde, como fabricantes de painéis solares e baterias de lítio, tiveram um ano difícil, com forte concorrência e a ameaça de tarifas impactando suas fortunas. Enquanto isso, a lista de bilionários chineses encolheu pelo terceiro ano consecutivo, refletindo um cenário econômico adverso no país.
Os dados refletem um cenário econômico complexo, onde apenas 30% dos bilionários na China conseguiram aumentar seu patrimônio líquido no último ano. A lista encolheu para menos de 1.100 indivíduos, uma queda de 25% em comparação com o pico registrado em 2021.