Saúde e Bem-Estar

Veja quais são: Anvisa proíbe venda de marcas de azeite no Brasil

A proibição das marcas Serrano e Cordilheira pela Anvisa reforça a necessidade de o consumidor estar atento à procedência dos azeites de oliva. O frescor, a embalagem adequada e a verificação de informações do fabricante são pontos essenciais na hora de escolher o produto. Além disso, a fiscalização constante do Ministério da Agricultura garante que produtos de baixa qualidade ou adulterados sejam retirados do mercado, protegendo a saúde pública.
Publicado em Saúde e Bem-Estar dia 25/09/2024 por Alan Corrêa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a proibição da venda de duas marcas de azeite de oliva no Brasil. As marcas Serrano e Cordilheira, ambas apresentadas como extravirgem, foram importadas e distribuídas por empresas sem registro no país. Essa medida foi tomada após a identificação de que essas empresas não possuem CNPJ, o que levanta dúvidas sobre a segurança e a qualidade dos produtos.

A Anvisa não conseguiu localizar o contato das empresas responsáveis pelas marcas, e como a origem dos azeites não foi identificada, não há garantias sobre a qualidade do produto. Essa situação alerta os consumidores sobre a importância de verificar a procedência dos produtos alimentícios.

Como evitar golpes na compra de azeite

Especialistas em azeite recomendam alguns cuidados na hora de escolher o produto. Ana Beloto, especialista em azeites, ressalta a importância de adquirir azeites que foram envasados recentemente, para garantir o frescor. O termo “azeite”, que vem do árabe e significa “suco de azeitona”, indica que o frescor é essencial para a qualidade do produto.

Os consumidores devem estar atentos aos principais fatores que comprometem o azeite: luz, oxigênio e calor. Por isso, é comum que o produto seja embalado em garrafas de vidro escuro ou em latas, protegendo-o da claridade e mantendo suas propriedades.

Processo de fiscalização de azeites no Brasil

A fiscalização de azeites no Brasil é conduzida pelo Ministério da Agricultura, que realiza testes de fraude e qualidade nos produtos disponíveis no mercado. Após a apreensão de garrafas suspeitas, as amostras são enviadas para laboratórios que investigam se o produto é realmente azeite de oliva e se está adulterado com outros tipos de óleos.

Os testes de fraude verificam se o produto é misturado com outros óleos, e uma vez classificado como azeite de oliva, ele passa por testes de qualidade. Especialistas avaliam o tipo de azeite, verificando se ele é extravirgem, virgem ou até mesmo lampante, um azeite de baixa qualidade que não deve ser consumido.

Tipos de azeite e suas classificações

Os azeites de oliva são divididos em diferentes categorias, de acordo com a qualidade e o processo de produção. As principais classificações são:

Essas classificações são fundamentais para que o consumidor compreenda a diferença entre os tipos de azeites disponíveis no mercado e escolha aquele que melhor atende suas necessidades.

Prejuízos à saúde causados por fraudes em azeites

O uso de azeite fraudado pode trazer riscos significativos à saúde. Componentes não permitidos, como corantes e aromatizantes, são frequentemente adicionados em produtos falsificados. Embora não haja estudos que identifiquem claramente os riscos de cada aditivo, sua presença representa uma ameaça à segurança alimentar.

Um caso grave de fraude ocorreu na Espanha, nos anos 80, quando mais de mil pessoas morreram por conta da “síndrome do azeite tóxico”. No Brasil, casos como esse são menos frequentes, mas a adulteração com ingredientes não permitidos ainda é um problema, especialmente considerando que o azeite é recomendado para pessoas com problemas cardiovasculares.

Fonte: G1.