Tragédia revela os riscos de propagandas e de procedimentos estéticos sem qualificações

Influenciadora é acusada de homicídio após realizar peeling de Fenol em paciente; tragédia expõe perigos do Instagram e procedimentos estéticos sem qualificação. Por Carol Rebello.

Essa história da moça que matou um paciente, fazendo procedimento de peeling de Fenol, me despertou ainda mais a noção do quanto estamos vivendo num metaverso que tem total consequência no mundo real.

O quanto, de forma prática, o Instagram está deformando a realidade estética das pessoas e criando demandas para a ação de picaretas.

Nas fotos, trata-se da mesma mulher, com a diferença de uma semana e uso de filtros e truques para aparecer em fotos do Insta e demonstrar que fazia nela mesma o serviço com Fenol que vendia para os outros.

Ela construiu todo um cenário para vender procedimentos estéticos, um desses procedimentos era o invasivo “peeling de Fenol”, que muitos médicos, que estudam anos e anos, e residem em dermatologia, não fazem por falta de especialização.

Nathalia fez um curso em PDF de 43 páginas, que algum picareta disponibilizou, e ela mesma foi dar suas picaretadas na terra de ninguém que virou as redes sociais.

O resultado foi a morte de um jovem homem, que, iludido com os resultados do mundo da fantasia do Insta e TikTok, achou que poderia alterar a própria estética com uma profissional montada pelos filtros e técnicas de vendas manjadas.

O pior é que o marido da vítima disse em entrevista: “Eu falei pra ele, você já é lindo. Não precisa disso.”

Talvez não precisasse mesmo, mas há um mercado tentando todo dia te convencer que os filtros não dão conta da sua imperfeição estética. Aí a demanda por mudar fica bem grande.

De qualquer forma, quando perguntada, Nathalia se descreveu como: Influencer!