T‑Cross surpreende, tira Compass do trono e vira o SUV mais vendido do Brasil em julho de 2025

Foi num mês decisivo que o T‑Cross, da Volkswagen, subiu ao topo e provocou um abalo na ordem dos SUVs no Brasil. Com mais de 9 mil unidades vendidas, o modelo desbancou o Jeep Compass após anos de hegemonia e agora encabeça a lista dos utilitários esportivos mais vendidos do país. O ranking de julho trouxe ainda a ascensão de rivais como Creta, Tracker e Corolla Cross, enquanto a Jeep tenta digerir a queda para a oitava posição.
Publicado em Automóveis dia 6/08/2025 por Alan Corrêa

O mercado brasileiro de SUVs viveu uma guinada histórica em julho de 2025, e o protagonista não foi um estreante, mas um veterano que voltou ao jogo com força total. O Volkswagen T‑Cross emplacou 9.022 unidades no mês e assumiu a liderança nacional entre os utilitários esportivos, interrompendo uma sequência de quase nove anos de domínio do Jeep Compass.

Pontos Principais:

  • Volkswagen T‑Cross lidera o segmento de SUVs com 9.022 unidades vendidas em julho.
  • Jeep Compass perde liderança mantida desde 2016 e cai para o oitavo lugar.
  • Hyundai Creta, Chevrolet Tracker e Toyota Corolla Cross ocupam o top 4 do mês.
  • Segmento de SUVs cresceu 20,3% em julho no mercado brasileiro.
  • Ranking acumulado de 2025 mostra o T‑Cross com mais de 53 mil unidades vendidas.

Desde 2016, o Compass mantinha o posto de SUV mais vendido do país, sustentado por um apelo de sofisticação e robustez. Mas os tempos mudaram. A preferência do consumidor passou a considerar outros fatores, como custo-benefício, conectividade, estilo e eficiência no trânsito urbano. E o T‑Cross entregou exatamente isso — com um facelift bem aceito, bom pacote de equipamentos e desempenho consistente ao longo do semestre.

O impacto foi tão expressivo que o modelo da Volkswagen entrou no top 4 geral dos carros mais vendidos no Brasil em julho, brigando de igual para igual com picapes e hatches, categorias tradicionalmente dominantes no país. A liderança conquistada é resultado de um movimento estratégico da marca, que reposicionou o T‑Cross como referência entre os compactos e aproveitou o momento de instabilidade dos concorrentes.

A nova configuração do ranking mostra o Hyundai Creta em segundo lugar, com 7.856 emplacamentos, seguido pelo Chevrolet Tracker (6.974) e pelo Toyota Corolla Cross (6.866), que assumiu a dianteira entre os SUVs médios. O Compass, que durante anos esteve entre os queridinhos do consumidor brasileiro, caiu para a oitava colocação, com apenas 4.935 unidades vendidas em julho.

A ascensão do T‑Cross não é um acaso isolado. Já no acumulado de janeiro a julho de 2025, o modelo liderava com 53.551 unidades, superando com folga o Creta (39.032), o Corolla Cross (36.955) e o HR-V (36.086). O Compass aparece com 32.466 unidades no mesmo período — número que confirma a tendência de perda de espaço da Jeep.

Outros modelos que marcaram presença no top 10 de julho foram o Nissan Kicks, o Fiat Fastback, o VW Nivus e o Honda HR-V, cada um com seu apelo específico junto ao público. Já o Fiat Pulse, que dominou entre os subcompactos no início do ano, perdeu tração e ficou de fora da lista principal.

A movimentação do mercado reflete uma mudança profunda nas preferências dos brasileiros. O segmento de SUVs cresceu 20,3% em julho, impulsionado pela busca por veículos com posição de dirigir mais elevada, maior sensação de segurança, bom espaço interno e tecnologias que antes estavam restritas a categorias superiores. Esse avanço também pressiona as montadoras a responderem com agilidade.

A Volkswagen, com o T‑Cross, demonstrou entender esse novo contexto. O modelo conseguiu reunir atributos valorizados por diferentes perfis de consumidores e ainda surfar na onda de um setor que não para de crescer. Por outro lado, o Compass, mesmo com histórico consolidado, sofre com a falta de atualizações que o reposicionem entre os favoritos do momento.

Enquanto isso, novas apostas como o VW Tera ainda não mostraram fôlego suficiente para incomodar os líderes. E os veteranos, agora sob pressão, precisarão mais do que ajustes pontuais para se manterem relevantes. O cenário

Fonte: EstadaoG1 e Terra.