Em resposta aos recentes afastamentos de agentes socioeducativos na Fundação Casa, provocados por diligências judiciais em Franco da Rocha, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Socioeducativo do Estado de São Paulo (Sitsesp) convocou uma audiência de emergência.
O encontro ocorreu na tarde de quarta-feira, 24 de abril, sob a liderança do presidente do sindicato, Neemias de Souza, e contou com a presença do juiz Rafael Campedelli, além de representantes da Defensoria Pública e do Ministério Público.
A audiência foi uma tentativa de sensibilizar o judiciário e demais entidades sobre os efeitos negativos dos afastamentos, que vão desde a segurança das unidades — com riscos aumentados de conflitos e fugas — até o bem-estar emocional dos agentes, frequentemente sujeitos ao escrutínio público.
O juiz Campedelli expressou sua admiração pelo trabalho dos agentes e reconheceu a importância do diálogo, assumindo o compromisso de reavaliar as medidas judiciais em curso. Durante a reunião, ele mostrou-se receptivo aos argumentos apresentados por Neemias, reiterando o valor e a excelência dos serviços prestados pelos profissionais da Fundação Casa.
No último ano, foram registrados 20 afastamentos em Franco da Rocha, incluindo dois diretores, nove coordenadores e nove agentes. Neemias de Souza, em sua fala, defendeu a integridade e a dedicação dos profissionais afetados, criticando a precipitação dos afastamentos e alegando a inocência dos envolvidos. Segundo ele, as denúncias são frequentemente infundadas e têm o potencial de prejudicar injustamente os trabalhadores.
Além da audiência, Neemias e os diretores Isabel, Fabiano, Salomão e Joel realizaram visitas às unidades socioeducativas, reafirmando o compromisso do Sitsesp em defender e apoiar os trabalhadores em todas as circunstâncias.