Sífilis em Ascensão: Por Que Estamos Enfrentando um Aumento Alarmante de Casos no Brasil e no Mundo?
A sífilis, uma doença sexualmente transmissível conhecida desde a década de 1490 e apelidada de “a grande imitadora” devido à sua capacidade de simular outras infecções, está causando preocupação crescente no Brasil e em outras partes do mundo. Recentemente, houve um aumento alarmante nos casos dessa doença, que pode ter consequências graves se não for tratada.
Entre 2021 e 2022, houve um aumento de 23% na taxa de detecção de casos de sífilis adquirida. A sífilis adquirida é a que se contrai após o nascimento, em contraste com a sífilis congênita, que é transmitida da mãe para o filho durante a gravidez. Apesar de um leve declínio nos casos em 2020, provavelmente devido à redução nos diagnósticos durante a pandemia de COVID-19, a tendência é de aumento nos últimos anos.
Os casos de sífilis aumentaram 32% entre 2020 e 2021, o maior número em 70 anos. O mesmo padrão de aumento se observa no Reino Unido, onde os casos de sífilis atingiram o nível mais alto desde 1948.
Especialistas apontam mudanças comportamentais, como o uso reduzido de preservativos e o aumento do sexo casual facilitado por aplicativos de namoro, como algumas das razões para esse aumento. Além disso, a pandemia de COVID-19 interrompeu muitos serviços de prevenção de ISTs, contribuindo para o aumento dos casos.
O tratamento da sífilis geralmente envolve uma dose intramuscular de penicilina. Apesar da disponibilidade de tratamento, o aumento contínuo dos casos de sífilis é motivo de preocupação para os profissionais de saúde em todo o mundo. Eles enfatizam a necessidade de maior conscientização e acesso a testes de ISTs para combater o estigma e promover práticas sexuais mais seguras.
No Brasil, o governo está tomando medidas para lidar com o problema, como a introdução de um novo teste rápido para detectar sífilis e HIV, que será distribuído inicialmente a grupos de maior risco pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o governo federal estabeleceu a meta de controlar ou eliminar a sífilis até 2030, com um foco especial na eliminação da sífilis congênita.
Este aumento nos casos de sífilis é um lembrete da importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz para combater esta doença, que, embora curável, continua a afetar a saúde de muitas pessoas ao redor do mundo.
O Carnaval, com sua atmosfera festiva e desinibida, pode aumentar o risco de transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como a sífilis, HIV/AIDS, gonorreia, entre outras. Aqui estão algumas dicas de cuidados essenciais para se proteger durante o Carnaval:
Lembrando que o cuidado e a prevenção são responsabilidades de todos, e a conscientização sobre ISTs é um passo importante para garantir que a festa seja segura e saudável para todos.
*Com informações de https://falaregional.com.br/wp-admin/post-new.php” rel=”noopener” target=”_blank”>BBC.