Cajamar

Servidores funerários de Cajamar exigem reajuste após uma década de salários congelados

Após mais de dez anos sem reajuste salarial, coveiros e agentes funerários de Cajamar pressionam por valorização. Em reunião na Câmara Municipal, a categoria expôs sobrecarga e riscos à saúde. Vereadores prometeram intermediar a demanda junto ao Executivo, enquanto o sindicato mobiliza a sociedade por reconhecimento.
Publicado em Cajamar dia 30/05/2025 por Alan Corrêa

Na última terça-feira (20), servidores do Velório Municipal de Cajamar reuniram-se na Câmara Municipal para reivindicar um reajuste salarial após mais de uma década sem aumento. Representados pela Associação dos Servidores Públicos (ASP), coveiros, agentes funerários e auxiliares de serviços gerais denunciaram jornadas exaustivas e riscos físicos e psicológicos agravados pela pandemia.

Pontos Principais:

  • Servidores funerários de Cajamar estão há mais de dez anos sem reajuste salarial.
  • Categoria enfrenta sobrecarga de trabalho e riscos à saúde agravados pela pandemia.
  • Vereadores se comprometeram a levar a demanda ao prefeito, mas não têm autonomia para conceder aumentos.
  • ASP protocolou ofício na Câmara detalhando argumentos para o reajuste.
  • Prefeitura ainda não se posicionou sobre o pedido de reajuste salarial.

Os profissionais destacaram que os vencimentos atuais não condizem com a complexidade do trabalho, que inclui lidar com luto, manipulação de corpos e condições insalubres. “Nossos salários não refletem o desgaste emocional nem a responsabilidade que carregamos”, afirmou um representante da ASP. A entidade reforça que um ajuste é urgente para garantir condições dignas, evitar a desmotivação e reter profissionais qualificados no setor.

Durante a reunião, os vereadores reconheceram a legitimidade da pauta, mas explicaram que não têm autonomia para conceder aumentos. Comprometeram-se, porém, a encaminhar a demanda ao prefeito. A ASP preparou um ofício detalhando os argumentos para o reajuste, como a sobrecarga de trabalho e a equiparação com outras categorias, que foi protocolado na quarta-feira (21) na Câmara. O documento visa embasar o pedido que os parlamentares farão ao Executivo.

A expectativa é que o prefeito inclua a proposta na revisão orçamentária ou em um eventual plano de carreira. Enquanto isso, os servidores prometem mobilizar a sociedade para pressionar por uma resposta. “Não estamos pedindo privilégios, mas reconhecimento por um serviço essencial à população”, concluiu a ASP.