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São Paulo fortalece combate a incêndios com apoio da iniciativa privada

Governo de São Paulo amplia a cooperação com a iniciativa privada para enfrentar as queimadas no estado. Setores como florestal e energético disponibilizam infraestrutura para monitoramento e combate ao fogo. A ação visa criar resiliência climática diante da grave estiagem e aumento dos focos de incêndio.
Publicado em Cidades dia 5/09/2024 por Alan Corrêa

O Governo de São Paulo, em resposta ao aumento significativo das queimadas no estado, decidiu ampliar a cooperação com a iniciativa privada para intensificar as ações de combate ao fogo. Em reunião no Palácio dos Bandeirantes, liderada pelo governador Tarcísio de Freitas, empresas dos setores florestal, energético, rodoviário e outros se comprometeram a integrar suas estruturas ao Plano de Contingência da operação SP Sem Fogo. A medida vem em um momento crítico, em que o estado enfrenta uma estiagem severa e o número de focos de calor cresceu 386% em relação ao ano passado.

Durante a reunião, foi decidido que as empresas mobilizariam brigadistas, caminhões pipa e tecnologia de monitoramento para apoiar o estado na detecção e combate aos incêndios. O coordenador da Defesa Civil de São Paulo, coronel Henguel Ricardo Pereira, destacou que a integração entre setor público e privado é fundamental para fortalecer a capacidade de resposta em um momento de crise. Ele também enfatizou que, além de lidar com a emergência atual, a cooperação pode resultar em políticas públicas mais eficazes no futuro.

A secretária do Meio Ambiente, Natália Resende, reforçou a importância de unir esforços em um plano coordenado, que utiliza os recursos disponíveis de forma estratégica. O setor florestal, por exemplo, já disponibilizou 10 mil brigadistas e 2 mil caminhões pipa, enquanto empresas rodoviárias estão utilizando suas câmeras para monitorar focos de incêndio e garantir a segurança nas estradas.

Além do combate direto aos incêndios, o Governo de São Paulo lançou uma campanha de conscientização voltada para a população. Cerca de 500 mil panfletos e cartazes serão distribuídos nos próximos dias, com orientações sobre prevenção de incêndios e uso consciente da água, especialmente durante o período de estiagem, que deve se estender até meados de setembro.

O cenário atual é preocupante, com 245 municípios já afetados pelas queimadas desde o início de agosto, sendo que 48 deles estão em alerta máximo. A meteorologista Desiree Brant, da Defesa Civil, explicou que as condições meteorológicas não devem melhorar significativamente até outubro, quando as primeiras chuvas podem trazer algum alívio. Até lá, a previsão é de tempo seco e altas temperaturas, o que aumenta o risco de novos focos de fogo.

“A gente aumenta nosso potencial de trabalho. Nosso objetivo é integrar o setor público e o privado, entender as necessidades de cada área e unir a força do estado com a força da iniciativa privada para trazer boas políticas públicas que ajudem a população. Essa reunião foi emergencial por conta da estiagem bem grave. Vamos nos estruturar e pensar em como agir no futuro”, afirma o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, o coronel PM Henguel Ricardo Pereira.

Com a cooperação da iniciativa privada e um plano emergencial em ação, o Governo de São Paulo espera mitigar os impactos das queimadas e criar uma estrutura mais robusta para enfrentar as consequências das mudanças climáticas no estado. O esforço conjunto entre governo e empresas é um passo importante para enfrentar os desafios ambientais que afetam diretamente a vida da população e a economia da região.

Fonte: AgenciaSP.