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Prova de Vida: Mulher Anda com Cadáver em Banco

A sessão judicial, agendada para as 13h, determinará se ela será liberada ou continuará detida. Acusada de tentativa de furto por fraude e vilipêndio de cadáver, Érica alega que o homem, a quem se refere como seu tio, estava vivo ao chegarem no banco em Bangu.
Publicado em Brasil dia 18/04/2024 por Alan Corrêa

Érica de Souza Vieira Nunes, que foi presa após levar um idoso possivelmente falecido a uma agência bancária para realizar um saque, passará por uma audiência de custódia na última terça-feira (17).

A sessão judicial, agendada para as 13h, determinará se ela será liberada ou continuará detida. Acusada de tentativa de furto por fraude e vilipêndio de cadáver, Érica alega que o homem, a quem se refere como seu tio, estava vivo ao chegarem no banco em Bangu.

Um médico do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), acionado pelos funcionários do banco, constatou que o homem já estava morto há algumas horas. As imagens da tentativa de saque, capturadas em vídeo, mostram o idoso pálido e imóvel numa cadeira de rodas, enquanto Érica insiste para que ele assine os papéis do empréstimo de R$ 17 mil.

Chamando o Médico

Os trabalhadores do banco, desconfiados da situação, decidiram chamar o Samu.

O delegado responsável pelo caso, Fábio Luiz, destacou que, embora seja crucial determinar se o idoso chegou morto ou faleceu na agência, isso pouco altera a natureza do crime. Segundo ele, as evidências do vídeo são claras, indicando que a vítima já estaria sem vida, e a ação de Érica, mesmo sabendo da condição do homem, prosseguiu com o ato, configurando assim os delitos de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Fábio Luiz salientou que o contato físico e a insistência de Érica em fazer com que o idoso assinasse os documentos reforçam a gravidade de sua ação.

“É impressionante como as imagens revelam a tentativa de enganar não só o banco, mas toda uma sociedade sobre a condição do homem”, comentou o delegado, enfatizando a audácia do crime.

A advogada de Érica, Ana Carla de Souza Correa, defende que sua cliente estava sob forte impacto emocional e efeito de medicamentos, o que teria turvado seu julgamento naquele momento. Ela insiste que o idoso estava vivo ao entrar no banco e que a morte ocorreu repentinamente, uma alegação que contrasta diretamente com as evidências apresentadas pela perícia médica e as imagens de vídeo.

A comunidade local e os usuários das redes sociais têm reagido com espanto e indignação ao caso, que rapidamente se tornou viral, destacando debates intensos sobre a ética e a legalidade em torno do respeito aos mortos e o desespero que pode levar alguém a cometer tais atos. A audiência de custódia de Érica será decisiva para o seu futuro legal e já atrai grande atenção pública e midiática, aguardando-se mais desenvolvimentos neste caso perturbador.

*Com informações de Agência Brasil.