Pronto Socorro Municipal: Gestão terceirizada da saúde em Caieiras enfrenta desafios e polêmicas

As promessas e compromissos feitos durante a campanha eleitoral em Caieiras estão longe de se concretizarem, com problemas e contestações relacionados à terceirização do atendimento médico no Pronto Socorro Rosa Santa Pasin Aguiar.

A contratação de entidades terceirizadas, como ACENI, Fundação Juquery e Santa Casa, para gerenciar e fornecer serviços de saúde tem gerado controvérsias, gastos excessivos e dificuldades no atendimento à população.

A mudança para a terceirização completa em 2017, seguida por uma cogestão em 2021 e 2022, envolveu a transferência de responsabilidade para essas entidades, incluindo o gerenciamento, equipes médicas, medicamentos e recursos. No entanto, essa mudança tem sido acompanhada de problemas, como falta de atendimento adequado, gastos elevados e disputas judiciais.

Casos emblemáticos, como o de Luiz Eduardo de Borba, que teve sua perna amputada devido a um atendimento negligente no Pronto Socorro, têm colocado em evidência a falha no serviço. A falta de limpeza cirúrgica, controle de glicemia e internação adequada são apenas alguns dos erros apontados, resultando em consequências graves para os pacientes.

Além disso, o caso de Diana Aparecida da Silva, cuja mãe faleceu após ser atendida no Pronto Socorro de Caieiras com sintomas graves de COVID-19, levanta preocupações sobre a falta de cuidados adequados no local.

Esses casos de negligência e falhas no atendimento têm levado os cidadãos a buscarem reparação através de ações judiciais, exigindo indenizações por danos morais e materiais, tratamentos médicos e melhorias na infraestrutura de saúde.

A terceirização do serviço de saúde, principalmente no modelo de cogestão adotado, tem se mostrado ineficiente e onerosa para o município. Enquanto as empresas terceirizadas recebem milhões dos cofres públicos, a população enfrenta uma assistência precária e insegura.

É fundamental repensar o modelo de gestão da saúde em Caieiras, buscando soluções que garantam um atendimento de qualidade, universal e igualitário. O cultivo do nosso “jardim” não se resume apenas a embelezar as praças, mas também a assumir a responsabilidade diária de nossas ações para preservar a saúde e o bem-estar de todos.

Fonte: Dr. Hermano Leitão.