Prisão de Casal por Maus-Tratos em Escola: Justiça Age com Rigor ou Exagero? A defesa dos proprietários da escola tem rejeitado as acusações, alegando a inocência do casal. A decisão de manter a prisão preventiva foi tomada em 18 de agosto, mas só veio a público recentemente.
A Justiça de São Paulo determinou a manutenção da prisão de Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira, proprietários de uma escola na cidade que está sob investigação por suspeita de maus-tratos. O casal permanece detido desde o final de junho, após ter sido indiciado em nove ocasiões por supostos atos de tortura.
A decisão de manter a prisão do casal foi proferida pelo juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, da 19ª Vara Criminal de São Paulo, e resultou na conversão da prisão temporária em prisão preventiva. Os alegados incidentes teriam ocorrido na escola particular Pequiá, localizada no bairro do Cambuci, zona sul da cidade.
Em decorrência da prisão preventiva, Eduardo Mori Kawano foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, enquanto Andrea Carvalho Alves Moreira foi encaminhada para a penitenciária feminina de Franco da Rocha.
A defesa dos proprietários da escola tem rejeitado as acusações, alegando a inocência do casal. A decisão de manter a prisão preventiva foi tomada em 18 de agosto, mas só veio a público recentemente.
Os fatos que levaram às acusações tiveram início em junho, quando uma professora apresentou evidências em forma de imagens dos alegados maus-tratos e prestou depoimento às autoridades. Em uma das gravações, a proprietária da escola teria humilhado uma criança de 5 anos que estava tendo dificuldades para utilizar o banheiro, dirigindo-lhe insultos. Em outra filmagem, uma menina de apenas 1 ano e 8 meses é vista recolhendo brinquedos e chorando, sendo depois segurada de forma brusca pelas mãos pela proprietária da escola, enquanto um homem a instrui a guardar os brinquedos. A voz do homem foi atribuída ao proprietário da escola.
Inicialmente, o caso foi investigado pela Polícia Civil como um episódio de maus-tratos. No entanto, as evidências fotográficas e em vídeo das crianças, juntamente com os depoimentos colhidos, levaram a investigação a classificar os incidentes ocorridos na escola como tortura, crime passível de pena de até oito anos de prisão. Segundo os depoimentos à polícia, as crianças frequentemente ficavam sem receber a refeição oferecida no café da manhã, sendo forçadas a comer rapidamente.
*Com informações de Conexão Juquery.