A ação, promovida pela Juventude em Movimento, contou com a movimentação de jovens e alunos que fizeram cartazes e participaram de uma roda de conversa para discutir as implicações da reforma nas disciplinas, no Enem e no vestibular.
Os manifestantes argumentam que a reforma prejudica os alunos da rede pública de ensino que desejam ingressar em uma universidade, e reivindicam um ensino público que valorize as disciplinas necessárias para um futuro digno.
A ação foi pacífica, informativa e organizada pelos próprios jovens e alunos presentes, sem apoio de qualquer entidade ou partido. Durante o encontro, houve debates, troca de informações, poesia e rima.
É importante destacar que a reforma do ensino médio foi implementada em 2017, pelo governo Michel Temer, e prevê mudanças significativas na estrutura curricular e na organização das disciplinas. Desde então, a reforma tem sido alvo de críticas e controvérsias em todo o país.
A Reforma do Ensino Médio foi uma mudança significativa na estrutura curricular e na organização das disciplinas do ensino médio brasileiro, implementada em 2017 pelo governo Michel Temer.
Antes da mudança, o currículo do ensino médio era dividido em disciplinas obrigatórias e optativas, e as matérias eram distribuídas de maneira uniforme para todos os alunos. Com a reforma, o currículo passou a ser mais flexível, permitindo que os alunos escolham parte das disciplinas que irão estudar, de acordo com seus interesses e projetos de vida.
Além disso, a reforma prevê a criação de cinco áreas de conhecimento, nas quais as disciplinas serão agrupadas: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Formação Técnica e Profissional. Os alunos terão que cursar obrigatoriamente apenas as disciplinas das áreas de Linguagens e Matemática, enquanto as outras áreas serão optativas.
Outra mudança importante foi a ampliação da carga horária mínima do ensino médio, de 800 horas para 1.000 horas anuais. A reforma também estabeleceu que os estudantes devem ter uma formação técnica e profissional, oferecida tanto dentro das escolas como em instituições parceiras.
A Reforma do Ensino Médio foi alvo de críticas e controvérsias, principalmente por ter sido implementada sem uma ampla discussão com a sociedade civil e com os profissionais da educação.
Alguns críticos argumentam que a reforma pode aprofundar as desigualdades educacionais, já que as escolas mais vulneráveis podem ter dificuldades para oferecer as disciplinas optativas e a formação técnica e profissional. Outros apontam que a reforma pode afetar a qualidade do ensino, uma vez que a redução da carga horária de algumas disciplinas pode comprometer a formação geral dos estudantes.
A mudança no Ensino Médio foi significativa para o país de modo geral, que buscou tornar o currículo mais flexível e adaptado às necessidades dos estudantes. No entanto, a reforma ainda é alvo de críticas e discussões, especialmente em relação à sua implementação e aos seus impactos na qualidade e na equidade do ensino.
*Com informações de Rádio tv regional